De repente na manhã uma chuva de gotas fortes dá passagem e permite a volta do céu aberto... A mente levanta voo e vai buscar umas saudades aleatórias. Uma misturada de coisas antigas guardadas no depósito da memória que salta à superfície do imaginário como pedrinhas em meio a um pequeno terremoto de magnitude suficiente apenas para ser sentido, sem maiores danos. A terra se divide e surgem objetos de velhos mundos. E reaparecem, feito tempestade, objetos díspares em nuvens de lembranças.
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Mais remotamente aparecem uns soldadinhos de plástico que emergem espalhados sobre a areia fina em combates imaginários, assim como revistas de corridas de Fórmula 1; um álbum de figurinhas da série televisiva Chip’s; uns tantos livros sobre temas variados, de José Lins do Rego à história da II Guerra Mundial; um bocado de antigos CDs e DVDs. Jogadas de futebol de botão, damas, dominó, War II, Banco Imobiliário espalhadas pelos tabuleiros da vida.
Há ainda medalhas antigas de conquistas juvenis, provas de um certo espírito esportivo, especialmente um razoável talento com uma bola pequena e travinhas. E tem até umas quedas nas pedaladas, uns cortes e outras
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Eis que surgem um pé de caju, dois coqueiros e uma goiabeira com gosto de quintal de sorrisos e alegrias. E banhos em águas doces e salgadas de mares e rios revisitados desde os tempos de meninice. É a brisa do mar do início da noite em ventania, o cheiro da correria pelos corredores das escolas nos intervalos e as disciplinas extraoficiais das calouradas, do Contorno Bar (ou Bar da Tapa), da Biblioteca Central e do RU da UFPB, um aprendizado com a turma 91.1 de Jornalismo, momentos superiores.
Um tanto de chaveiros de um bocado de lugares que nunca viram chaves, mas que abrem portas de lembranças. Um passeio, uma chuva, uma fogueira de São João, um dia 5 de Agosto e uma roupa nova para as festas. E todas as folhas secas que "entapeteiam" praças, calçadas, parques e se quebram ao serem pisadas, que resistem às passadas do tempo.
