Durante dois meses, cidades do Brejo paraibano viveram clima de efervescência cultural e visitações turísticas. Muitos foram desfr...

Turismo religioso e cultural

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Durante dois meses, cidades do Brejo paraibano viveram clima de efervescência cultural e visitações turísticas. Muitos foram desfrutar das riquezas naturais, do aconchego no frio ao abraço de seus habitantes.

Em todos os recantos, estão presentes as manifestações culturais, as artes expressas nas vertentes da fé que se misturam com o sabor da terra. Os córregos e os veios d’água, alimentando o verde dos canaviais e as palmeiras no alto das terras, são o alimento para a alma. Nesses lugares, no contexto de convivência entre paisagem rural e urbana, ganham dimensões extraordinárias os monumentos residenciais que atraem pela beleza arquitetônica. As igrejas, de aspecto colonial ou neoclássico, com seus espaços internos, oferecem ao visitante exuberante exposição dos símbolos da religiosidade.

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Igreja N. S. da Boa Viagem (Alagoa Grande) Pascom
Os engenhos atraem pela beleza do conjunto arquitetônico. As casas grandes das antigas fazendas produtoras de café e as capelas dão uma visão da enorme imponência que a região representa em termos de atrativos turísticos, apontam para a geração de oportunidades de trabalho e de renda, sejam a produtores rurais, com suas atividades agrícolas, os artesãos com suas peças atraentes, sejam os pequenos negócios procedentes da agricultura familiar.

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Serraria (PB) Mapio
As Igrejas de Serraria, Borborema, Pilões, Bananeiras, Areia e Alagoa Grande são de uma beleza arquitetônica imensurável. Nelas, em qualquer época, há a possibilidade de vivência mística, representando a grandiosidade das dimensões da religiosidade e o alimento da fé. Edificações de pedra e cal que mostram a força econômica procedente do fabrico da rapadura e da cachaça em épocas passadas, do cultivo do café por famílias que enviavam os filhos para estudar na Parahyba (então capital do Estado), em Recife ou na Bahia, os senhores dos da terra sempre usando paletó branco. Nas festas e passeios, ostentavam as correntes de ouro e os trancelins de prata. Suas casas tinham eira e beira, quando não edificavam palacetes de dois pavimentos para, do alto, ver as pessoas ao redor.

Toda essa imponência perdurou décadas e, hoje, serve como atrativo para o deleitar de muitos, quando as contemplam. Em boa hora foram criados os Caminhos do Frio, que se constituíram em importante iniciativa para exibir as marcas da riqueza econômica e cultural da região.


Com toda a sua grandiosidade, durante a realização dos Caminhos do Frio, nem sempre os visitantes acessam o interior das igrejas; ficam sem conhecer a beleza de seus altares, suas imagens sacras e o lugar onde possam rezar, conforme sua crença.

O turismo religioso e cultural no Brejo paraibano é composto por equipamentos valiosos que criam a possibilidade de gerar inúmeras oportunidades de mão de obra, sem contar que levam as pessoas a um ambiente de paz.

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Igreja Sagrado Coração de Jesus (Pilões) Geraldo M. M. Maia
Seria de bom alvitre haver uma parceria entre os poderes públicos, visando disponibilizar agentes para auxiliar as paróquias no funcionamento dos templos religiosos, deixando-os mais tempo abertos à visitação, principalmente nesses momentos de presença de grande número de visitantes.

Em conversa com alguns integrantes da Igreja de nossa região brejeira, sentimos a necessidade de ampliar o diálogo entre os administradores municipais com os padres, visando possibilitar a visitação desses lugares, colocando servidores à disposição, para recepcionar os visitantes, tendo em vista que as paróquias não têm funcionários para atender tamanha demanda. Esse é um tema já tratado com gestores municipais, em um diálogo sobre turismo religioso e cultural. Porém é preciso avançar na busca de um resultado positivo. Afinal, o poder público carece de apoiar, ainda mais, o segmento do turismo rural e religioso.

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