Semana passada comecei a contar a história de Valmir Azevedo, o maior estelionatário do país, que muito jovem chegou a gerente do Banco do Brasil e desviou milhões das mais polpudas contas correntes que administrava. Foi descoberto pela vida de ostentação que levava e teve que cumprir pena na Casa de Detenção de São Paulo. Na prisão fez amizade com o supra sumo da bandidagem. Foi solto graças ao Advogado Arnault (guardem esse nome e aguardem). E voltou ao crime.
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Enriqueceu de novo e voltou a frequentar a noite paulistana. Porém, foi preso novamente e ao se negar a dar uma entrevista ao famoso jornalista Carlos Heitor Cony, este produziu a matéria “Entrevista de mentira com um falsário de verdade”. Publicada na revista Manchete, a matéria trazia uma informação absolutamente falsa; Walmir costumava andar com uma maleta contendo cinquenta mil dólares para eventuais subornos. O próprio Cony, questionado sobre a entrevista falsa, teria afirmado que “- O que estraga uma entrevista é o entrevistado”.
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Foram presos e Walmir enfim praticou o que ficou para sempre como a maior falsificação da história; simplesmente falsificou a concessão de um pedido de graça (dado somente pelo Presidente da República) e fez chegar o papel à direção do presídio, “assinado” pelo Presidente Costa e Silva. Saiu do cárcere aplaudido. Posteriormente foi preso na Venezuela e extraditado para o Brasil. Fugiu novamente do presídio e a última notícia crível dele é de 2014, vivendo confortavelmente no Rio de Janeiro.
Teria muito mais a contar, mas tive que resumir à conta do espaço.