Sonho
Embarco decidida em uma nave estelar Faz tanto tempo que fiz uma viagem É preciso lembrar todos os passos, Quero voar, quero vencer o descompasso, mudar o ritmo do coração há muito anestesiado. Ter o direito de respirar de novo Ter Voz Não mais submeter-me Dizer não definitivo a essa dor disfarçada, mas tão asfixiante quanto tuberculose. Quero ainda, sem que o olho implacável dos falsos mandamentos me vigie, encher o coração de bens para ofertar. Ser inteira em tudo, no amor e nos sonhos. Reconhecer-me vibrante, no meio do tempo e da vida. Reencontrar a centelha do meu antigo olhar.
Embarco decidida em uma nave estelar Faz tanto tempo que fiz uma viagem É preciso lembrar todos os passos, Quero voar, quero vencer o descompasso, mudar o ritmo do coração há muito anestesiado. Ter o direito de respirar de novo Ter Voz Não mais submeter-me Dizer não definitivo a essa dor disfarçada, mas tão asfixiante quanto tuberculose. Quero ainda, sem que o olho implacável dos falsos mandamentos me vigie, encher o coração de bens para ofertar. Ser inteira em tudo, no amor e nos sonhos. Reconhecer-me vibrante, no meio do tempo e da vida. Reencontrar a centelha do meu antigo olhar.
Transmutação
O meu desejo sonhava na opacidade dos dias armado em fantasia, velejava. Um dardo contra o tempo foi lançado. Ensaio imaturo. Do outro lado, em valente armadura, teu coração de aço nem piscou. Com o escudo frio, transmutou. Buquê de sentimento em cristal de amargura.
O meu desejo sonhava na opacidade dos dias armado em fantasia, velejava. Um dardo contra o tempo foi lançado. Ensaio imaturo. Do outro lado, em valente armadura, teu coração de aço nem piscou. Com o escudo frio, transmutou. Buquê de sentimento em cristal de amargura.
Ilusão
Entre o que era e o desatar do laço, nem a sombra restou. Quero dar nome a tão estranho corte. Pesadelo ou morte? Entre o desejo e o ser, um muro de impotência e a ilusão de viver.
Entre o que era e o desatar do laço, nem a sombra restou. Quero dar nome a tão estranho corte. Pesadelo ou morte? Entre o desejo e o ser, um muro de impotência e a ilusão de viver.