Quando eu for morrer Gostaria que fosse Como soltar os cabelos Na janela ao vento Meu gato me olhando Nos olhos E a solid...

As preces precisam de carinho para chegarem aos deuses

antonio aurelio cassiano poesia paraibana
 
Quando eu for morrer Gostaria que fosse Como soltar os cabelos Na janela ao vento Meu gato me olhando Nos olhos E a solidão Do Sol se pondo Um sax Gemendo à noite E as estrelas Brilhando de euforia Ruas antes desertas Habitadas E a festa Dos pirilampos Quando eu for morrer Quero ser como as sementes Velhas Esquecidas Enrugadas pelo tempo Mas que plantadas Haverão de ressurgir E florescer Quando eu for morrer Também haverá Alegrias



Não vistas as cores Dos dias que não queres Nem o marrom Da indecisão Flutuar é bom Se a alma está Liberta Pedras não foram Feitas pra tropeçar Mas para compor Pejis Os Santos não fazem milagres Eles só dormem com você Para lhe mostrar caminhos As preces Precisam de carinho Para chegarem aos Deuses E eles Lá onde estão Somos nós onde queríamos estar



Em cada casa Um botão E a mão chuleia As duas abas Da camisa Camas dadas As brechas Acesas A madrugada Nua a noite inteira O sol desponta Galo que grita Gemido adormecido O sonho que não houve E o arco-íris e seu pote dourado Alado o som Atravessa a garganta Que canta ninares Mas que deseja Outro som Raspado De novo Na garganta Como um blues De Tom Waits


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  1. 👏👏👏👏👏👏👏👏👏❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️🙏🙏🙏🙏🙏🧵🪡

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  2. Eu simplesmente amei.

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  3. O que seria da humanidade sem os poetas. Sem estes seres, dotados de sensibilidade, suavidade e mestria no uso das palavras. De retratar com tanto sentimento, sentimentos que são complexos em definir. Poetas promovem encontros. Em sua poesia me encontrei. A partir deste momento, me aproprio desta poesia para me expor no meu desejo sobre a morte . A leveza é suavidade me encantou.

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  4. Parabéns , Aurélio Cassiano! São maravilhosos seu poemas! A gente sente que brotam da delicadeza de sua alma.

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