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Castelo de Alamut: a misteriosa fortaleza dos Hashshashins

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O Castelo de Alamut, ou ninho da águia, é uma fortaleza situada no topo da colina de Sabbah, na cordilheira de Elbruz, a noroeste da província de Qazvin, perto da vila de Gazer Khan, a sul do mar Cáspio, no Irão e, na prática, a sensivelmente 100 km da capital, Teerão.

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De acordo com o historiador, geógrafo e poeta persa Hamdallah Mustawfi Qazvini, esta fortificação terá sido construída em 840 a.C., e está localizada a uma altitude de 2.163 metros, erigida de tal forma que o seu acesso é quase intransponível. O meio transitável mais acessível é contornando um abissal penhasco, o que inicialmente se pensaria poder dificultar quaisquer tentativas de invasão.

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A Conquista de Alamut ▪ Ilust. S.XVI ▪ Wiki
Contudo, em 1090, esta fortaleza seria conquistada pelos Hashshashins ou “Ordem dos Assassinos”, como eram conhecidos no mundo ocidental, uma poderosa e temida ordem formada por guerreiros de uma seita nizari-ismaelita que existiu durante 166 anos, fundada no século XI por Hassan-i Sabbah, apelidado de “Velho da Montanha”.

Até 1256, Alamut funcionou como a sede do estado Nizari Ismaili, que incluía uma série de fortalezas estratégicas espalhadas por toda a Pérsia e Síria, com cada forte demarcado e cercado por faixas de território hostil.

Alamut, a mais famosa dessas fortalezas, considerada inexpugnável a qualquer ataque militar, era famosa pelos seus jardins celestiais, uma biblioteca e laboratórios, onde filósofos, cientistas e teólogos podiam debater em liberdade intelectual.

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Maquete ilustrativa da arquitetura original do Castelo de AlamutBudget D.
Ao longo do tempo, a fortaleza sobreviveu a vários inimigos, incluindo os emblemáticos impérios seljúcida e khwarezmian, uma dinastia muçulmana sunita de influência persa formada por turcomanos de origem mameluca. Em 1256, Rukn al-Din Khurshah, o quinto e último Imam Nizari Isma’ili, entregaria a fortaleza aos invasores mongóis, que a demoliriam, destruindo as suas famosas bibliotecas. Embora comumente se suponha que a conquista mongol obliterou a presença ismaelita de Nizari em Alamut, a fortaleza foi novamente recapturada em 1275, demonstrando que, embora a destruição e os danos aos ismaelitas naquela região fossem extensos, não foi a aniquilação completa tentada pelos mongóis. No entanto, o castelo viria a ser tomado mais uma vez, em 1282, caindo sob o domínio de Hulagu Khan, também conhecido como Hülegü e Halaku, imperador mongol que conquistou muito do sudoeste asiático.

Ruínas do Castelo de Alamu, Qazvin, Irão
Depois disso, o castelo passou a ter significado apenas regional, passando pelas mãos de vários poderes locais. Hoje, o Vale e o respetivo Castelo oferecem uma mistura única de beleza natural e intriga histórica. Embora quase todo ele seja uma imponente recordação em ruínas, devido ao seu significado histórico tem sido objeto de restauros por parte do governo iraniano, que o incluiu como um dos destinos turísticos mais simbólicos naquele país...



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