João Batista cumpriu sua missão no “deserto da Judéia” (Mt 3:1), usando roupas feitas com “pêlos de camelo e um cinto de couro na cintura” (Mt 3:4), não sentava à mesa para comer figos e tomar vinho. Comia no chão batido ou em uma pedra, se servindo de “gafanhotos e mel silvestre” (Mt 3:4).
Todo esse viver que aceitou era necessário, para aqueles tempos.
Sua verdade chocava, criava inimigos, mesmo atraindo inúmeros fiéis sedentos pela vinda do salvador.
A verdade era por ele entregue despida de qualquer adorno, tão desguarnecida quanto o próprio nome.
Por onde ela percorria alguns lhe viravam as costas, fugiam dela, consideravam-na desprezível.
Quando o mestre dos mestres chegou, abraçou-a de forma diferente. Cobriu-lhe os ombros nus, colocou suavidade em sua voz. Conseguiu fazer dela um paraíso desejado. Conquistou o coração daqueles que realmente lhe queriam como guia. Passaram a chamá-la de parábola.
As pessoas não mais evitavam sua companhia. Ela deixou de despertar a antipatia. Se tornou uma verdadeira algerife de almas.
Quem antes a usava mascarada, passou a desejá-la de cara limpa.
Às vezes será necessário sacrificar tudo que foi construído, para sobreviver aos desastres causados pelas escolhas erradas, impostas, impensadas, viciadas.
A melhor arma que tens deves usar para seres dono da tua boca, assim te libertarás das tuas palavras.
Não deixe que te escravizem em sonhos que não são teus.
A escravidão da alma mata!