Não tenho medo de altura e nem de andar de avião, no entanto, diante de uma ameaça de incêndio ou de uma turbulência um pouco mais for...

É fogo!

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Não tenho medo de altura e nem de andar de avião, no entanto, diante de uma ameaça de incêndio ou de uma turbulência um pouco mais forte, não há como não sair da linha. Falo isso para relatar o que aconteceu comigo há alguns dias.

Fui a um evento em Campina Grande o qual seria durante a manhã do sábado. Após o almoço com os amigos de escrita, hospedei-me em um hotel para, aproveitando a oportunidade, assistir, à noite, ao show do
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Roupa Nova. Colocaram-me em um quarto que ficava no 11º andar. Ao fechar a porta, chamou-me a atenção o aviso nela afixado orientando como chegar à escada de emergência. Fiquei em dúvida se eu deveria ir para a direita ou para a esquerda. Abro aqui um parêntese para dizer que sempre tive dificuldades em me localizar, principalmente em lugares fechados. Se entro em um banheiro público, como nos de aeroporto ou de shopping, por exemplo, sempre vou para o lado contrário aonde deveria ir.

Enquanto esperava meu marido chegar para ficar comigo, resolvi dormir um pouco a fim de restabelecer as energias e conseguir ver o show tranquilamente.

Com uma hora de sono profundo, acordei com um barulho enorme de sirene, tipo aquelas de alerta de incêndio.

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Por uns instantes fiquei tentando descobrir o motivo daquele apito alto e insistente. Pensei que poderia ser o som do exaustor do banheiro ou uma desregulagem no ar-condicionado. Troquei de roupa rapidamente, peguei o celular e corri para a porta. Para aumentar meu desespero, vi que havia no teto uma luz vermelha sinalizando o local de saída. Eu não tinha visto isso antes!

Abri a porta feito louca e dei de cara com um corredor escuro e deserto, naquele sistema de só acender a luz quando pressente uma pessoa.

Mesmo assim, corri para o elevador, ao lado do qual havia o seguinte aviso: “Em caso de incêndio, não use o elevador”. Dei meia volta e fui à procura da tal escada com portas corta-fogo.

No primeiro lance de degraus, parei e pensei que seria complicado descer sozinha aquela enorme escadaria de onze andares. E se encontrasse a tal porta
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fechada? E se a luz com sensor de presença não funcionasse e eu ficasse ali presa e no escuro? Voltei.

No corredor, nenhuma alma viva. Nem morta também! Resolvi retornar ao quarto e ligar para a portaria para saber que danado de barulho era aquele. Para alívio, o atendente disse que praticamente todo sábado, quando usavam a churrasqueira e a fumaça aumentava, o alarme disparava. Mas já iam desligá-lo. Aí pensei que, se houvesse um incêndio mesmo, o alarme estaria desligado e seríamos pegos de surpresa.

Achei melhor descer e ficar no hall do hotel aguardando o companheiro. Sozinha não dava mais para ficar naquele apartamento. Desci por um elevador, enquanto, coincidentemente, meu marido subia por outro. Ele me ligou e, quando contei do susto, resolvemos pedir para nos trocarem de quarto.

Pelo menos no térreo seria mais fácil correr do incêndio…

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  1. Roqueline Santana9/6/24 08:37

    Ao ler seu relato pude sentir um pouco de como deve ter sido assustadora este vivência neste hotel, momentos de medo e incerteza… bem complicado essa questão deste alarme e numa questão de um incêndio real, será que todos atentariam ou pensariam
    que era só a churrasqueira do hotel ???🤔

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