O desenvolvimento da humanidade se deu pelos conflitos entre modos diferentes de organizar a vida social e de se apropriar dos recursos naturais e transformá-los, também de conceber a realidade e expressá-la. Neste último processo, a História registra as transformações por que passam as culturas e as características que as unem e as diferenciam. A cultura é um produto coletivo da vida humana e está em constante transformação por ser um fenômeno da interação social e é necessária a percepção da identidade, dos costumes, das crenças e dos hábitos de cada comunidade, nação ou povo. Marilena de Souza Chauí (1941), filósofa e escritora brasileira, em seu livro Convite à Filosofia afirma:
“Cada cultura inventa seu modo de relacionar-se com o tempo, de criar sua linguagem, de elaborar seus mitos e suas crenças, de organizar o trabalho e as relações sociais, de criar as obras de pensamento e de arte. Cada uma, em decorrência das condições históricas, geográficas e políticas em que se forma, tem seu modo próprio de organizar o poder e a autoridade, de produzir seus valores” (2000, p. 62).
A cultura é o estar e ser no mundo, mantendo conexões com todos os aspectos sociais e históricos. É necessário entender cada cultura para compreender suas ações e mudanças. Ao valorizar a diversidade cultural, é possível apreender a identidade de cada comunidade. O respeito pelas diferenças alheias é essencial para descobrir o próprio pertencimento e o espaço social. Assim, nações, etnias, identidades regionais e grupos sociais se organizam para encontrar significado e dignidade em sua existência, promovendo a riqueza cultural por meio das relações interpessoais como resultado da intersubjetividade.
Mesut Çiçen
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▪️ Subjetividade transobjetiva (contraditória): Esta dimensão surge das correntes filosóficas que enaltecem as formas pré-subjetivas de existência. É a vivência de uma base acolhedora e de apoio, onde a diferença é percebida como elemento fundamental das interações intersubjetivas, não através de antagonismos e confrontos, mas sim pelo seu caráter inclusivo primordial;
▪️ Subjetividade traumática: Aqui, o outro não apenas antecede o eu, mas também sempre o ultrapassa. O constante ultrapassar do outro em relação ao eu é, por sua vez, invariavelmente traumático;
▪️ Subjetividade interpessoal: É resultado do reconhecimento mútuo entre pessoas. Ela envolve a interação direta entre indivíduos já distintos, ocorrendo em nível individual ou entre sujeitos;
▪️ Subjetividade intrapsíquica: Esta engloba as contribuições da psicanálise, que exploram as experiências intersubjetivas que ocorrem dentro das subjetividades encontradas nos relacionamentos.