Deus!
De que lado do universo Você está? Que vias percorres? De leite, pão, piano, atabaque Ou pano da costa Estendido nas vagas Sobre o Atlântico? De que luz e escuridão? Em qual Buraco Negro Navegas e Te escondes? Sou eu que não vejo Teu rosto no tempo Espocando lampejos Jorrando trovões Fecundado pedras? Mas te garanto que te procuro Faço juras Junto fé e ilusão Ternura e dor Ferro e brasa Sou eu que faço a tua casa Dou-te de beber E te explico Para que eu Não enlouqueça Na mansidão branca Das promessas A brutalidade da minha natureza É a tua aliança Contigo mesmo Eu sou o carvão que pinta Os rostos para a guerra Que ascende e aquece a tua comida Queima o teu incenso E perfuma a tua casa Eu sou a alma Na tua caverna E nos pomos A dormir um ao outro Na solidão dos nossos encontros Somos um só! E atravessamos As estrelas Nas madrugadas Das mais antigas e belas idades Sei que na magnitude do Universo és Deus Tudo podes e nem tudo queres Sei que não somos só fantoches em tuas mãos ou velas ao sabor do vento do teu querer soprar Mas a minha solidão me diz agora que te procuro Onde não te acho e acho Que é porque agora te ocupas do meu tesouro Que estás levando para guardar junto de ti. E se não podes mais deixá-lo comigo Pois diz a ele que eu sinto tanta saudade E o quanto sou grato Pelo que ele cuidou de mim. Os dias continuarão apesar de nós agora Em outros mundos E eu verterei feito Olho d'água Os nossos planos e nossas lembranças E se te fores possível Deus Deixe que eu sonhe Que ainda brincamos De jardim... Porque tu sabes Que a partir de agora Sou deficiente E vai sempre me faltar um pedaço.
De que lado do universo Você está? Que vias percorres? De leite, pão, piano, atabaque Ou pano da costa Estendido nas vagas Sobre o Atlântico? De que luz e escuridão? Em qual Buraco Negro Navegas e Te escondes? Sou eu que não vejo Teu rosto no tempo Espocando lampejos Jorrando trovões Fecundado pedras? Mas te garanto que te procuro Faço juras Junto fé e ilusão Ternura e dor Ferro e brasa Sou eu que faço a tua casa Dou-te de beber E te explico Para que eu Não enlouqueça Na mansidão branca Das promessas A brutalidade da minha natureza É a tua aliança Contigo mesmo Eu sou o carvão que pinta Os rostos para a guerra Que ascende e aquece a tua comida Queima o teu incenso E perfuma a tua casa Eu sou a alma Na tua caverna E nos pomos A dormir um ao outro Na solidão dos nossos encontros Somos um só! E atravessamos As estrelas Nas madrugadas Das mais antigas e belas idades Sei que na magnitude do Universo és Deus Tudo podes e nem tudo queres Sei que não somos só fantoches em tuas mãos ou velas ao sabor do vento do teu querer soprar Mas a minha solidão me diz agora que te procuro Onde não te acho e acho Que é porque agora te ocupas do meu tesouro Que estás levando para guardar junto de ti. E se não podes mais deixá-lo comigo Pois diz a ele que eu sinto tanta saudade E o quanto sou grato Pelo que ele cuidou de mim. Os dias continuarão apesar de nós agora Em outros mundos E eu verterei feito Olho d'água Os nossos planos e nossas lembranças E se te fores possível Deus Deixe que eu sonhe Que ainda brincamos De jardim... Porque tu sabes Que a partir de agora Sou deficiente E vai sempre me faltar um pedaço.