DO MEU SÃO JOÃO
Eu tenho uma fogueira acesa dentro do coração. Enquanto ela queima, trago à memória Imagens de um tempo em que se acreditava nos poderes das simpatias das noites de São João. Foi assim que numa bacia vi seu rosto refletido sob a luz de um rojão. E até hoje tenho fé nas crendices, lendas e adivinhas do meu chão.
Eu tenho uma fogueira acesa dentro do coração. Enquanto ela queima, trago à memória Imagens de um tempo em que se acreditava nos poderes das simpatias das noites de São João. Foi assim que numa bacia vi seu rosto refletido sob a luz de um rojão. E até hoje tenho fé nas crendices, lendas e adivinhas do meu chão.
ROTA
vou sempre por caminho novo e ainda que pareça o mesmo é outro
vou sempre por caminho novo e ainda que pareça o mesmo é outro
ÁGUA DA CHUVA
escapa pelas mãos o líquido frio e transparente levando para longe o que há de pior de dentro da gente e corre no curso desse rio permanente a sede da vontade de ser nuvem novamente
escapa pelas mãos o líquido frio e transparente levando para longe o que há de pior de dentro da gente e corre no curso desse rio permanente a sede da vontade de ser nuvem novamente
IGREJINHA
Pouco sabia sobre a igrejinha que beirava a estrada por onde eu passava. Coberta de densa poeira, seu portão de ferro retorcido assustava. Pela fresta de um buraco para dentro se olhava: sem padre sem missa sem nada. Ali ficava a igrejinha abandonada na beira da estrada por onde eu passava.
Pouco sabia sobre a igrejinha que beirava a estrada por onde eu passava. Coberta de densa poeira, seu portão de ferro retorcido assustava. Pela fresta de um buraco para dentro se olhava: sem padre sem missa sem nada. Ali ficava a igrejinha abandonada na beira da estrada por onde eu passava.