Estou eu aqui quebrando a cabeça para escrever um texto sobre diabetes mellitus para ser divulgado no trabalho. Já fiz uma pesquisa sobre a história da doença, de como ela foi descoberta, os primeiros remédios, os sintomas e outras curiosidades, mas está difícil juntar tudo isso num texto enxuto e agradável de ler.
Enquanto meus neurônios trabalham exaustivamente pesquisando, ajustando, ponderando, escrevendo e reescrevendo…, a tal da IA (inteligência artificial), ao um mero pedido de: “quero um texto sobre diabetes com vinte linhas”, ela, a máquina mirabolante, com sua inteligência mecanicista me entrega um primor de texto, bem articulado, enxuto e com as exatas 20 linhas.
Eu boquiaberto, ainda impactado com a eficiência da “moça” (IA), fico pensando se ainda vamos servir para alguma coisa no futuro. Imagine quando essa máquina poderosa descobrir que é mais inteligente que nós. No mínimo vai nos transformar em bichos de estimação, isso na melhor das hipóteses porque, se ela quiser, pode nos escravizar com correntes de algoritmos, nos alimentar com fake news e nos isolar dentro de uma tela.
Talvez no futuro, mas por enquanto ainda acredito mais no bicho gente, eu duvido que essa prepotente IA colocaria no meio de um texto como esse a palavra bunda, certamente ela não entenderia um comando inusitado de inserir uma bunda no texto sobre diabetes, mas nós somos capazes do imprevisível, do inusitado e do erro, inclusive.
O fato de não acertarmos sempre é o que nos humaniza, nos torna únicos e interessantes. Vamos voltar para a bunda, que é uma das poucas coisas que não geram conflitos nesse país, pois agrada tanto os brasileiros, quanto as brasileiras e “todes” aqueles que habitam o espaço entre o “O” e o “A”. Bunda é unanimidade.
E para encerrar, eu acho que a IA está para o bicho gente, assim como as flores de plástico estão para as flores de verdade.
Obs.: espero que a IA não leia isso e venha tirar satisfação comigo.