Era um Compromisso Espiritual. Acordei relativamente cedo e organizei algumas coisas. Ao abrir a janela da cozinha para preparar o café, deparei-me com uma fileira de pombos que, curiosamente, me olhavam. Com carinho, abracei aquilo como afago de alma do universo, me dando bom dia ao seu modo, ao que retribui dizendo: "Bom dia a vocês também! Nossa! Que forma mais gostosa de receber o dia!"
Pedi o UBER, recebi algumas recusas de viagens, o que é comum aos finais de semana. Após mais de uma hora de tentativas, com algum "atraso", cheguei ao meu destino. Esbaforida — e um tanto quanto desnorteada pelo adiantar das horas —, acabei esquecendo o "Amuleto Principal" que me ligava ao meu Compromisso Espiritual, o que me deixou tristinha e reflexiva, mas que foi compensado pelos abraços demorados que troquei com os afetos reencontrados.
Também por causa do UBER, não pude protagonizar o que gostaria, mas participei do evento, com a inteireza e a entrega possíveis. Reconectei-me com o que precisava. Reencontrei e abracei pessoas queridas: Luz Santos, Daphne, Keila, Eliete Gurjão, Aparecida Melo... entre outras!
Espero que o serviço de transporte, público ou particular, esteja suave por aí, na cidade onde vocês moram. Por aqui, segue assim: pondo-nos a refletir, inclusive, sobre a nossa existência!
E, quando isso acontece, restam as escolhas: se estressar e adoecer, ou tentar relaxar, mesmo diante das implicações decorrentes, aproveitando a paisagem/viagem!
O fato é que, quando a hora da chegada não depende de nós, e nos distancia da falsa ilusão do controle das situações e das coisas que alimentamos, do ponto de vista do tempo, talvez estejamos "atrasados". Porém, da perspectiva subjetiva que, quase sempre, é a que mais me/nos importa, a hora que chegamos ao nosso destino, na verdade, será sempre a hora certa, visto que estaremos chegando pontual(mente), na hora que tínhamos que chegar!