Fui colega de Joaquim Lins, no curso ginasial, Colégio “Lins de Vasconcelos” conduzido pelo Prof. Manoel Nery. Quinca era gordo, bigode tímido, cara arredondada, primo do famoso escritor paraibano José Lins do Rego. Um orgulho secreto do colega que não fazia alarido do parentesco com o autor de “Fogo Morto”. Este tido e havido pelo intelectual maranhense Josué Montello como o melhor romance da geração de 30.
Um dos médicos assistentes, amigo íntimo do paciente, foi Oscar de Castro (a quem recordei, recentemente, numa de minhas crônicas). Por ouvir dizer, correu uma conversa de roupagem particularíssima: o famoso esculápio, cuidador da doença do amigo, ao entrar no apartamento hospitalar, onde o paciente estava alojado, flagrou o escritor semidespido. O principal à mostra. Zé Lins não se envergonhou.
Oscar de Castro Acervo familiar
Dizem que nosso escritor se dedicava aos textos com um esmero incomum. Ao terminar um romance, mesmo que fosse madrugada, discava (discava, mesmo) o telefone e saía a acordar os amigos, transmitindo-lhes a notícia com emoção. Terminei! Tão feliz quanto via balançarem as redes com um gol do Flamengo, de que era fanático torcedor.