Deus ao lado
E a sucessão de mundos Não cessa… Como acreditar? Um pingo de chuva Um vento na flor E o pólen flutua Nuvens carregadas Como a consciência Um vazio de lado… A profundeza de um aceno Saudade em vão E o fruto que surge Doce e amargo: Ambos são sabores Como não acreditar? A luz divisa a cor E empresta profundidade Aos céus Mas é o segredo que planta a dúvida Traz o medo Faz vacilar Então É revirar o interior de si Sentir o abismo de ser E reconhecer a mão que segura: Deus está lá dentro!
E a sucessão de mundos Não cessa… Como acreditar? Um pingo de chuva Um vento na flor E o pólen flutua Nuvens carregadas Como a consciência Um vazio de lado… A profundeza de um aceno Saudade em vão E o fruto que surge Doce e amargo: Ambos são sabores Como não acreditar? A luz divisa a cor E empresta profundidade Aos céus Mas é o segredo que planta a dúvida Traz o medo Faz vacilar Então É revirar o interior de si Sentir o abismo de ser E reconhecer a mão que segura: Deus está lá dentro!
Toca a rua no tempo da gira
Guia posta reluz
Griot ecoa xirê
Manhã de Sol
Salga o terreiro
Pisado pelo Orixá
E se dança
E se alegra
No descalço chão
Renovada a rua
Revoadas de pássaros
Salpicam o Orum
E o sorriso cansado
Do "cavalo" feliz
Que se deixou cavalgar por um Deus
Axé, Babá
Que guarda as dores
E os tesouros ancestrais
Arrepia a espinha
Rodopia no ar
E solta o grito de identidade
Salve Olorum
Soprando potente
O som dos tambores
De olhar prá trás
E não ver distância Posto que antes Tão hoje Que a vista cansa E me visto de dias e noites incontáveis E desenho sois, luas, estrelas Cruzo passadiços sobre eras Que me devolvem aos caminhos Sem enlevo ou sem esperas Como um pano roto e esticado Pela mão do vento Eis que me espraio lento Sempre em frente e vacilante Contando histórias, criando fontes Mas sei que um dia Se chega afinal a estação E cessam verões, outonos invernos ou primaveras Para que venham os outros E que venham outros Também ver As maravilhas da terra Até olharem pra trás E que vejam flores em guerra De olhar pra trás E não ver distância Posto que ontem Tão hoje Que a vista cansa...
E não ver distância Posto que antes Tão hoje Que a vista cansa E me visto de dias e noites incontáveis E desenho sois, luas, estrelas Cruzo passadiços sobre eras Que me devolvem aos caminhos Sem enlevo ou sem esperas Como um pano roto e esticado Pela mão do vento Eis que me espraio lento Sempre em frente e vacilante Contando histórias, criando fontes Mas sei que um dia Se chega afinal a estação E cessam verões, outonos invernos ou primaveras Para que venham os outros E que venham outros Também ver As maravilhas da terra Até olharem pra trás E que vejam flores em guerra De olhar pra trás E não ver distância Posto que ontem Tão hoje Que a vista cansa...