Gertrude Stein foi uma genial escritora e poetisa americana que, em sua permanência na França, se alistou no F.A.F.F. (Fundo de Proteçã...

Antigo ditado grego

gertrude stein paris
Gertrude Stein foi uma genial escritora e poetisa americana que, em sua permanência na França, se alistou no F.A.F.F. (Fundo de Proteção aos Americanos) durante a Primeira Guerra Mundial.

Ela e sua companheira, Alice, foram à Europa observar a vida dos franceses no início do século XX. Elas não consideravam os franceses insensíveis à ciência,
Gertrude Stein e Alice Toklas, 1934
porque sabiam onde se situava a prioridade. A escritora deixou isto claro quando escreveu:

“A razão pela qual vir morar na França nos pareceu natural é que esse povo tem métodos científicos, máquinas e eletricidade, mas não acreditam que essas coisas tenham alguma relação com o fato de viver. A vida é tradição e natureza humana”.

A análise psicológica que Gertrude Stein arriscou sobre os parisienses é de que eles são o resultado vivo daquilo que o interminável passado depositou pacientemente em camadas sucessivas — um resíduo, um amálgama. Como a poesia, a qual é uma força que vem de dentro, inata ao poeta, ela não consegue prever ou decidir quando começa, ou acaba. A inspiração apenas vem. Ela é a chama de uma alquimia misteriosa.

A cultura construída pela vivência com virtudes valoriza seu passado e promove um conjunto nobre de intelectualidade ao indivíduo ocupado com a sociedade, tornando-o diferenciado e interessante ao convívio social.

Gertrude Stein, em Paris, 1924
A todo momento, somos testados por olhos e ouvidos mais apurados que selecionam a quem seguir ou a quem dedicar seu tempo caro. Atitudes que demonstrem humildade e boas virtudes sempre são mais atraentes, porque “é certo que todos que gostamos vão embora um dia, o que fica e retorna é o amor” (Franz Kafka). Nessa perspectiva, a vida diária coloca uma luz renovada e nobre a nossos pares, envolvidos em perecer ao lado do elogio.

Paris, 1920s
É importante a dedicação no aprimoramento de seus atos, sendo desnecessário ir até o Templo de Apolo, em Delfos, para ler o aforismo escrito acima da entrada (“conhece-te a ti mesmo: nada em excesso”) para saber a importância na realidade em caminhar sem sombras e dúvidas.

Nada mais importante do que lembrar um antigo ditado grego que afirma que não somos atormentados pelas coisas em si, mas pelas opiniões que temos delas (Montaigne,1580).

Os males não têm meios de adentrar em nós, exceto por nosso julgamento, que podemos rejeitar e transformar no Bem.

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