Limitações são sempre sugestivas e subjetivas. Vêm da zona do dever e seguem até a do poder. Limites andam acompanhados de incom...

Limitados e limitadores

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Limitações são sempre sugestivas e subjetivas. Vêm da zona do dever e seguem até a do poder. Limites andam acompanhados de incompreensões, mas quando é explicitado que sua função é gerar uma felicidade, então seu denominador deve ser reavaliado.

O artista, por exemplo, condessa as imperfeições de sua obra para depois transformá-la, lapidá-la. Do contrário, estaria conformado e não evoluiria.

Quanto mais somos combalidos, mais comprometimento com a força devemos ter. Retoques diários. Aperfeiçoamento da arte que há em si. Muitas ferramentas? Muitos consertos a serem feitos.

Quantos esboços de você são/foram feitos? Às vezes, alguém se intromete nesse processo e o rasura, e nós – na maioria das vezes – só ficamos de fato confortáveis quando os traços são construídos por nossas próprias mãos.

Abrir uma cicatriz dói dobrado, porque a carne já estava reconciliada; carne grossa, sobreposta.

O que você faz com a sua dor? Pinta um quadro? Compõe um poema? Constrói uma câmara de lamúrias? Semente que não se dispõe a romper a casca é infértil. Não cresce.

Escolha se você quer ser diamante falso ou cascalho real. Artifícios são temporários. De nada adianta pôr a poeira sob o tapete.
Um dia começamos a expirar defeitos e contagiar os outros.

A fortificação é gradativa. Como músculo que sofre microlesões e depois se eleva.

Não perca a oportunidade de tocar nas suas fragilidades e não se reduza a elas. Tudo apenas existe por haver um oposto. Conheça seus avessos. Estamos em feitura. Estamos solidificando nossa “argamassa”.

No momento, zonas de conforto se formam, cercas também. Tantos questionamentos... O silêncio nasce quando as perguntas são mais desconhecidas do que as respostas. Uma coisa é certa: calar por medo é dar autoridade à ignorância. Diante da perspectiva de sermos mais, subtraímos as algemas da alma. Limite tem limite. Hora de dar um basta, portanto.

Há vozes com cordas poentes laçando nossos defeitos, solidificando uma visão sobre nós. Mas, nosso grito pela liberdade de ser o que somos é maior do que qualquer sussurro que venha nos limitar.

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  1. Texto maravilhoso, intenso e necessário. Parabéns.

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  2. Texto para se ler com calma e refletir. Sabedoria a se colher e guardar. Parabéns, Leo. Francisco Gil Messias.

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