Somos plurais em nossa opção sexual, mas a natureza fez a mulher, a única que fecunda, gesta, pare.
É a mulher que amacia o útero e carrega por um tempo precioso uma vida dentro de si. Corpos individuais que se unem para um novo ser vir ao mundo.
É a mulher que, com força, resiliência e persistência, vai conquistando lugares importantes na sociedade, mostrando as sutilezas do que consegue executar em qualquer ambiente de trabalho ou grupo social.
Sem qualquer dúvida, quando o mundo é impulsionado por mudanças de atitudes e hábitos, é a mulher que está junto, ou sozinha, desbravando o novo, o certo, o justo.
Não levanto bandeiras, nem faço grandes comemorações neste Dia da Mulher. Acho uma tremenda ironia homenagear, de várias maneiras, um ser que muitas vezes é humilhado, e diminuído em seu valor.
Não quero nem tocar no assunto da violência, das torturas, das mortes. Cada mulher estuprada, cada mulher morta, corta um pedaço do meu coração. E não consigo imaginar se, algum dia, verei o término dessas barbáries.
Mas, as convido, mulheres-irmãs, mulheres-amigas, mulheres desconhecidas, invisíveis, desprezadas e as muito amadas também, aquelas que são respeitadas e acarinhadas, a nos unir, formando uma grande rede de existência. Umas, amparando as outras, ouvindo as outras, fortalecendo e ampliando o crescimento de todas.
Da mesma forma que a natureza se conecta e proporciona uma enormidade de ambientes e organismos que se ligam, também nós, devemos nos conectar. Mesmo sendo uma formiga carregadora de folhas, ou uma leoa que domina sua área. Do micro ao macro, se estivermos unidas, construiremos um mundo melhor, mais sábio, ponderado, amoroso e certamente em paz.
PARABÉNS ÀS MULHERES, NÃO SÓ HOJE, MAS EM TODOS OS SEUS DIAS.