Quando falamos na busca para a cura de problemas emocionais, um dos diferenciais para pensar melhor nossas vidas consiste em utilizar uma teoria aberta que inclua ideias diferentes e permita a discussão de opiniões distintas nessa árdua existência.
A logoterapia é uma dessas teorias. Utilizando uma abordagem psicoterapêutica reconhecida internacionalmente, ela baseia-se na premissa de que a principal força motivacional de um indivíduo é encontrar um sentido para sua vida.
Segundo Nietzsche, “quem tem por que viver aguenta quase todo como”. Nessa área não podemos esperar uma resposta pronta, porque ela não existe e não cabe a nenhum psicólogo dizer ao indivíduo qual o sentido da sua vida. Se não dependessem muito de nosso interesse, os dias de perseguição e luta pelo prazer, e o encontro com a felicidade, seria sem desventura nenhuma.
O Dr. Viktor E. Frankl, neuropsiquiatra austríaco, fundador da Logoterapia e Análise Existencial, ficou mundialmente conhecido após descrever sua experiência dramática em quatro campos de concentração nazistas, no best-seller Em Busca de Sentido.
A libertação de Frankl ocorreu somente ao fim da guerra, ocasião em tomou conhecimento de que sua mulher falecera de esgotamento e que seus pais e o irmão haviam morrido no Holocausto. Uma das mensagens ele nos deixou é que "a vida é sofrimento e sobreviver é encontrar sentido na dor”. Ele complementa: “se há, de algum modo, um propósito na vida, deve havê-lo também na dor e na morte".
Essa visão aberta da logoterapia traz a possibilidade da disseminação de múltiplas formas de felicidade. A discussão promovida na mesa é a base do crescimento coletivo.
O gatilho que mostra a felicidade em uma curva possível durante a busca, na verdade, promove nova chance, com dor e lágrimas, capaz de proporcionar que sigamos em frente, mesmo sem saber para onde ir, porque é no durante que se concretiza a experiência.
O andar desmonta o pesar e os sobreviventes serão os experientes de amanhã, que saberão empunhar novas armas para usar nesses quinhões de desafios. Como definiu Dostoiévski, o ser humano é uma criatura que a tudo se habitua.
E quando por vezes se encerra o drama de não sabermos quem somos, chorar ajuda, é uma maneira de abrir uma janela para a alma e deixar esvaziar o sangue dolorido.