No século XVIII, durante o Renascimento, foi inventada uma sopa fortificante e restauradora, feita de carne de boi, carneiro e legumes, servida como refeição aos viajantes ou indivíduos extenuados, após um longo dia de trabalho. O alimento, oferecido em estalagens, tabernas e hospedarias, ganhou o nome de restaurant, devido aos seus efeitos benéficos.
Esses lugares não entregavam refeições para quem batesse em suas portas, e não seguiam o conceito de apresentar um cardápio no qual o cliente pudesse escolher o prato que desejasse. Tinham apenas a sopa restauradora.
O Sr. Boulanger (padeiro, em francês), que ganhava a vida como vendedor desses caldos, colocou em seu estabelecimento (na Rue des Poulies, Paris) uma placa com os seguintes dizeres em latim:
Ele foi o primeiro a anunciar a venda da sopa fortificante que recompunha a saúde de quem tinha problemas de digestão. E assim se deu a origem da palavra restaurante.
Esse tipo de estabelecimento firmou-se na França após a Revolução destituir a aristocracia e deixar sem emprego um contingente de serviçais hábeis no trato com os alimentos. Com a chegada de muitos provincianos às cidades, e ninguém para cozinhar para eles, criou-se o hábito de fazer refeições fora de casa, dando início ao surgimento do restaurante.
No La Grande Taverne, em Londres, fundado em 1782, de propriedade do senhor Antoine Beauvilliers, foi criado o padrão do restaurante moderno, que combinou quatro pré-requisitos essenciais: um salão elegante, garçons bem treinados, uma adega bem escolhida e uma cozinha requintada.
Uma evolução maravilhosa que veio ao encontro do prazer em reunir pessoas e celebrar a vida! Dos cardápios orientais à comida do Mediterrâneo, aos festivais gastronômicos pelo mundo, mais as sobremesas e os banquetes, tudo envolto ao prazer de desfrutar momentos da Dolce Vita.
Da necessidade de formação profissional surgiram mestres da culinária que desenharam um novo rumo a uma especialidade repleta de particularidades, agregando um pouco da cultura dos lugares onde nasceram.
A rua dá um tom diferente na tinta da retina, que não encontramos em casa. A convivência com o mundo e seus sabores nos faz gente para podermos saber o que somos, e o que podemos ser para o outro.