Se meus queridos leitores não forem foliar no carnaval, me atrevo a dar algumas dicas para os feriados de momo. Começo indicando um livro (escrito numa linguagem bem acessível) que trata da física e dos físicos tops que conviveram num período de grande desenvolvimento daquela ciência. “A era da incerteza”, de Tobias Hürter. Desmistifica totalmente o tema e os gênios. São capítulos curtos onde aprendemos curiosidades sobre Marie Curie, Einstein, Max Planck e tantos outros cientistas, desde a forma como chegaram às suas descobertas a chifres e amantes. Particularmente me tocou a forma como esses gênios, quando reunidos e em conversas onde apreciavam novas teorias, descartavam a tal ideia revolucionária; “- Fulano nem errado consegue estar”. Achei o máximo. Quando encontro um oteba aplico mentalmente a ele a possibilidade de nem conseguir estar errado.
Outra boa leitura é a série de artigos reunidos no livro “Os grandes julgamentos da história”, coordenado por José Roberto de Castro Neves, que encomendou a vários juristas os diversos capítulos. Gostei muito dos casos de O. J. Simpson, Olga Benário, São Thomas More e Marbury contra Madison. Quem é do ramo vai entender porque.
Por fim a Netflix está exibindo um primor de documentário: “We are the world, The story behind the song”. Acho que em português ficou como “A noite que mudou o pop”. É pura emoção. Mostra os bastidores da gravação do tremendo sucesso que 40 dos maiores músicos da época produziram em favor das crianças famintas da África. Para que vocês tenham uma pálida ideia da façanha, na porta do estúdio de gravação foi posto um cartaz onde se pedia que os artistas deixassem ali os seus egos antes de entrarem. De Michael Jackson a Bruce Springsteen, passando por Bob Dylan e Cyndi Lauper tem de um tudo. Com agendas diversas eles tinham apenas uma noite para gravar em conjunto... e conseguiram.
Só uma dica, não percam a cena em que Stevie Wonder e Ray Charles, ambos cegos, saem amparando-se mutuamente para ir ao banheiro.
Para mim o verdadeiro herói da gravação foi o maestro Quincy Jones, que conseguiu ser o domador de todas aquelas feras.
Bom carnaval para vocês, ou tiro riro riro ri, como toca Vassourinhas.