Talvez no tempo
O tempo ache
Onde escorreu
A cor
Por onde foi
O que desbotou
E coloriu
Talvez o tempo
Ao seu tempo
Explique por que
É necessária a dor
Por que doeu
O que deixou pra traz
Quando passou
O tempo
Que não nasceu
E que não morre
Não cabe num talvez...
Porque Senhor
É o tempo
A vez
As cores não são
Sem olhos
E a brisa lufa
A eternidade
Eu sempre centro
Dias sem sol
E o alvor
Das noites no céu
De estrelas
Caminhos pro infinito
O sorriso doce de Baco
Uma chaminé
Acesa e fumegante
Avisa que homens
Dominaram a terra...
De mim
Um soluço
De dor
Ou cachaça
A vida é só esperança, o resto, é o que a gente gasta esperando...
Nesse meio, há gametas, dores e janelas, feitas para abrir ou pular.
Tudo depende de quem está conosco
Ou deu uma saidinha
Na hora errada.
De resto
É festa
Dor
Ou enterro
No final
Tudo é um show
De quem precisa provar
Que está vivo.