Ela existe, mas há quem diga o contrário. Ela é perseguida, desejada, avaliada, relativizada e individualizada. Os filósofos discutem sobre a felicidade antes mesmo de alguém chamar a filosofia de filosofia, porque a filosofia já existia antes de ter nome. Filosofar é refletir, pensar, ponderar e buscar respostas para o que se vê e para o que se sente.
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A felicidade é individual, transcende nossa visão de mundo. Quem poderia imaginar que existiria felicidade em alguns pés descalços de canelas magrelas e encardidas, andando e saltitando numa estrada empoeirada sob um sol de rachar? Pois é! Ela é encontrada lá na escassez e também na prosperidade, lá no Alasca e no Atacama, nas favelas e nas coberturas do Leblon. Felicidade intriga por isso: riqueza, beleza, poder, saúde, família… não são garantias de felicidade.
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Eu acho, embasado na minha tese de “achologia aplicada”, que a felicidade não chega de supetão, não vem em avalanches ou de uma “veizada” só. Não! Felicidade é como a construção da casa; de tijolo em tijolo, diariamente, até formar paredes, piso, teto e uma janela por onde o vento passa sem cerimônia.
E o interessante é que um “tijolo” de felicidade serve de apoio ao próximo tijolo. Felicidade gera felicidade.
Ela depende muito dos olhos, não dos olhos que precisam de óculos, mas dos olhos da alma, que veem com profundidade a vida.
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Se saiu água na torneira, se as pernas andaram, se o ar entrou e saiu dos pulmões, se a flor se abriu, se ama alguém… tudo isso pode ser pedacinhos de felicidade.
E assim vamos nós, construindo essa tão falada e procurada felicidade.