Vodka e lima da pérsia com pimenta rosa, Caipiríssima Brasil.
e no mais...
sou eu soul... alma livre
mergulhada feito um canudo
por onde circula o álcool da benção do entorpecer que permite que as palavras se soltem feito folhas em dias de outono e voem livres anunciando vida.
O lado sem lado que desconheço porque é veloz e está resguardado da censura dos tempos dogmáticos e politicamente corretos.
A cada gole um fôlego novo, o respirar liberto, uma anestesia de dizer-me sem um pingo sequer de preocupação com quem está aí a ler interessado ou não, talvez entediado do muito , do tudo gigante que embebeda de nada ser.
Tanta filosofia vã, em vã as nuvens e na fresta da janela uma lua arrebentando de cheia.
Cheia! exuberante! como meu querer em dias de entusiasmo por algo que me acordou do vazio insonso do tudo igual.
A lua mexe comigo, viro esta luz que pisca, o olho aceso, a vontade de dizer-me e ouvir-te no teu ôco. No princípio do burburinho sem erro das almas que se sabem sem dizer.
Como quero!
O que?
Nem sei…
Tanta coisa…
A começar alguém que me cubra quando estou com frio.
Alguém que me garanta o "bom dia" do dia seguinte e sei lá... quero o que não sei, o imprevisível, o original, a surpresa do bem querer.
Alguém que atice os meus sentidos.
Quero o mormaço da voz nos meus ouvidos.
O desejo para assoprar a vida com paixão.
O adivinhar das intenções, olhos com linguagem própria e mãos de abandono a carinhos.
O corpo entregue a delicadeza dos bons momentos.
Quer coisa mais detestável que amar por amar no raso, na superfície? Amar é a glória da vida, força poderosa.
É! Isto não quero.
E assim tudo fica mais fácil, sei enfim o que não quero!
(a maquininha com o cartão)
dinheiro para as contas...
Boa noite, durmo sozinha.