Entra década, sai década, entra governo, sai governo, seja municipal, estadual, federal, e nada da implementação de um serviço de Arquitetura Pública. Já perdemos a conta de quantas vezes sugerimos, até com documentos protocolados, em reuniões de campanha eleitoral, uma pauta com ideias para o planejamento da Arquitetura, Urbanismo e Gentileza Urbana. Sabem quantas vezes a ideia prosperou? Nenhuma!
Albijona Fejzullahu
Quantas pessoas têm um terreninho, sonham em construir uma casa, ou reformar a que têm, mas não podem pagar um arquiteto? Um profissional que possa lhes assessorar sobre a correta disposição dos cômodos, tipo de coberta, o conforto ambiental, a orientação dos ventos e da insolação, sugerir algumas cores, canteiros de flores, tratamentos, texturas e formas que possam conferir uma cara simpática às suas fachadas.
Marcelo Nacinovic
Forte Velho, Santa Rita, PB (imagem inferior) CC0/Kikilombo/GSView
Bastava os gestores municipais designarem alguns de seus arquitetos para um setor de atendimento com serviços de Arquitetura Pública. Uma assessoria destinada a qualquer pessoa que pretendesse construir, reformar, ampliar os seus imóveis. Definir-se-iam os bairros que seriam contemplados, a faixa de poder aquisitivo, e pronto. A cidade passaria a ganhar outra cara.
Arquitetura é o registro histórico de todas as eras da humanidade. Desde que o homem sentiu necessidade de se abrigar, em cavernas, e passou a definir seus espaços, nasceu a Arquitetura. Assim como quando ele começou a desenhar gravuras rupestres nas paredes de suas cavernas, surgia, idem, a Ambientação. Era a necessidade de conviver com a arte, de humanizar e embelezar os espaços de permanência e convivência.
Marcelo Nacinovic