CORPO VIOLADO I Ligo a TV, logo vejo, Este tema atemporal, Triste abuso sexual, A tragédia já prevejo. É sobre dor q...

A inocência corrompida

poesia paraibana
 
 
 
CORPO VIOLADO
I Ligo a TV, logo vejo, Este tema atemporal, Triste abuso sexual, A tragédia já prevejo. É sobre dor que versejo, De mulheres violadas, Vulneráveis, abaladas, Tão cansadas de sofrer, Sem ter a quem recorrer, Tendo as vidas assoladas. II Não tem raça, cor, idade, Pra ter corpo violado, Invadido, maltratado, É tamanha a frialdade. Quando vejo a crueldade, A pele toda arrepia, Uma cena que estropia, Nosso cerne, nossa mente, Todo o nosso corpo sente, A vida que se despia. III O meu peito chega chora, Diante de vil maldade, De tamanha crueldade, Que por esse mundo aflora. Não tem lugar e nem hora, Para abuso acontecer, É difícil de saber, Entender a factícia, Onde se esconde a malícia, Que nos leva a perecer. IV E desde cedo, criança, A inocência é corrompida, A bondade é agredida, Conhece a desconfiança. No táxi, na vizinhança, Entre amigos, na balada, Ela acaba encurralada, Percebe a fragilidade, Quanto custa a liberdade, Sua alma sufocada. V É tão pequena a criança, Terno serzinho inocente, Vai para a escola contente, Onde a mãe tem confiança. Sente logo a judiança, O corpinho é invadido. Foi no banheiro despido, E nunca vai esquecer, Pode até reconhecer, Aquele olhar de bandido. VI Estuprada aos nove anos, Em casa, pelo padrasto, Desdém da mãe era vasto, Infância cheia de danos. Para fugir dos tiranos, Foi morar com genitor: O pior abusador! De novo desprotegida, A menina coagida, Marcava o corpo de dor.

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