Baco Baco fez seu império libertando performances Criadores Poetas Homens comuns de lentas atitudes Baco posta- se à ...

Sou seiva, musgo, a me multiplicar em séculos

 
 
 
Baco
Baco fez seu império libertando performances Criadores Poetas Homens comuns de lentas atitudes Baco posta- se à mesa Com os copos certos Serve- se do poder Da paixão Liberta o que se faz escuso Dá voz ao fraco Acende a tocha das verdades Não tolera a rigidez formal Enlouquece em ardor os homens Faz gemer de cio as mulheres E depois narcotiza em delírio a realidade Oferece a dádiva do esquecimento Todos os convivas conversavam em tom próximo do silêncio Ao fim, falavam de si, da vida e seus tormentos Quedaram - se mudos Sem culpa Libertos da sofrível mentira do veneno do olhar alheio
Na bagagem
Papéis em branco Asas da pipa gigante Empinando palavras Dobraduras de origami Pássaros libertos Voam
Árvore
E me enredo na complexa rede de vida em casca, sou seiva, musgo, pele nodosa a me multiplicar em séculos. Visto tons de infinitos verdes, folhas de enervação distinta. Tenho-a em mim árvore preciosa. Amo sua mudez distinta seu silêncio de raiz, sua força que me abraça em seus braços longos e me leva ao céu.

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