Peregrinação
Ando perdida pelo vale de lágrimas Bem queria seguir outro caminho, mas sou prisioneira de um jardim de saudades enquanto aspiro vaga essência de esperança Já não tenho resistência Deixo-me ser levada por janelas de luz que me hipnotizam, Como se não soubesse dos pesadelos ocultos, mas vivos prontos para atacar Por que não me disseste desse lugar de peregrinação e de pelejas vãs? Por que me deixaste entrar nesse rio? Para ser tragada pela correnteza? Como é difícil aprender a lição. O coração nem ajuda compondo e cantando em milhões de passagens sobre a Terra Abraço um peso cada vez maior Respostas à minha voz? Nem os uivos do vento. Estou tão cansada de carregar silêncio.
Ando perdida pelo vale de lágrimas Bem queria seguir outro caminho, mas sou prisioneira de um jardim de saudades enquanto aspiro vaga essência de esperança Já não tenho resistência Deixo-me ser levada por janelas de luz que me hipnotizam, Como se não soubesse dos pesadelos ocultos, mas vivos prontos para atacar Por que não me disseste desse lugar de peregrinação e de pelejas vãs? Por que me deixaste entrar nesse rio? Para ser tragada pela correnteza? Como é difícil aprender a lição. O coração nem ajuda compondo e cantando em milhões de passagens sobre a Terra Abraço um peso cada vez maior Respostas à minha voz? Nem os uivos do vento. Estou tão cansada de carregar silêncio.
Presente e passado
Branco, alheio, escorregadio, só o presente,em que me faço cega e surda, não tem poder sobre mim Já o passado, em sua fixidez, leva-me a visitar dimensões em que me descobria poderosa. Navegando acima de um céu turquesa em puro contentamento que a palavra não dá conta E depois, cair em perplexidade onde nada mais posso mover, nem mudar, escrever, nem apagar.
Branco, alheio, escorregadio, só o presente,em que me faço cega e surda, não tem poder sobre mim Já o passado, em sua fixidez, leva-me a visitar dimensões em que me descobria poderosa. Navegando acima de um céu turquesa em puro contentamento que a palavra não dá conta E depois, cair em perplexidade onde nada mais posso mover, nem mudar, escrever, nem apagar.
O beija-flor e o tempo
Olho-te com a mesma ternura de ontem, o mesmo coração de primavera. E revejo no santuário das lembranças imagens incólumes, apesar do tempo. Como se pudesse prender instantes indescritíveis em gotinhas de eternidade. A luz do Sol, carícia cálida, nos revigora. E bem longe, no azul, tela irreproduzível de extasiante beleza. Assim adormecias, nessa placidez de sono bom. E talvez sonhasses coisas bonitas e alegres de se sonhar. Como um carrossel no parque, um botão de rosa se abrindo delicadamente. Nesse instante, um beija-flor dança um balé amoroso entre jasmins e bogaris. Divino! Dirias contemplativo e maravilhado: “O beija-flor e o tempo… Pássaros que não podem parar”
Olho-te com a mesma ternura de ontem, o mesmo coração de primavera. E revejo no santuário das lembranças imagens incólumes, apesar do tempo. Como se pudesse prender instantes indescritíveis em gotinhas de eternidade. A luz do Sol, carícia cálida, nos revigora. E bem longe, no azul, tela irreproduzível de extasiante beleza. Assim adormecias, nessa placidez de sono bom. E talvez sonhasses coisas bonitas e alegres de se sonhar. Como um carrossel no parque, um botão de rosa se abrindo delicadamente. Nesse instante, um beija-flor dança um balé amoroso entre jasmins e bogaris. Divino! Dirias contemplativo e maravilhado: “O beija-flor e o tempo… Pássaros que não podem parar”