Um Monsenhor amigo nos disse, eu admiro muito o Espiritismo, mas não entendo como vir em vários corpos, em várias encarnações, se a gente só tem um corpo? Será que a gente só tem um corpo mesmo, ou uma pessoa, de 30 anos, só nesta vivência encarnatória, tem três corpos completamente diferentes e não se dá conta disso?
Uma pessoa de 90, nove corpos diferentes então, não é tão difícil assim compreender a vontade e os desígnios de Deus, não todos, mas Ele nos criou com as possibilidades de compreensão, sobretudo, e por isso estamos no chão desse Planeta Maravilhoso como escola abençoada para desenvolvermos as possibilidades luminosas.
A “iluminação”, se entendemos apenas como salvação, não tem problema, tudo vai mudar, inclusive, o pouco que sabemos sobre nós e tudo que está à nossa volta. Ainda desconhecemos quem somos, e nos definirmos completamente será quase impossível, porque mudaremos, ainda nesta passagem encarnatória, nosso corpo e as nossas certezas.
Um dia, compreenderemos o que quis dizer o Filósofo Sócrates — "eu só sei que nada sei" —, mostrando que mesmo o que ele já sabia era insuficiente, naquele momento, para compreender o que somos, porque estamos aqui, e para onde vamos. Pois, em verdade, somos seres permanentemente mutantes na esteira da Existência.
Ave Cristo!
* Inspirações recebidas ao acordar pelo nosso Irmão Sol Maior, 07h24min do dia 02.09.2024 Almir Laureano
Nota do editor:
Questão 171 de O livro dos espíritos:
Em que se funda o dogma da reencarnação?
Resposta: Na Justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.
KARDEC: “Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua Justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova”. Nota de Allan Kardec à questão 171 de O livro dos espíritos.