Em Veneza há uma lenda consolidada, a de que os amantes que passam de gôndola debaixo da bela Ponte dos Suspiros estarão apaixonados para sempre. Hollywood ajudou muito com cenas de beijos sob a ponte.
Mas há outra versão, muito distante dos suspiros de amor. Um dos mais famosos pontos turísticos de Veneza, a construção em estilo barroco data de 1603 e foi projetada pelo arquiteto Antonio Contino. Com 11 metros de largura, inteiramente feita de pedra de Istria, uma rocha calcária, a Ponte dos Suspiros é toda fechada e coberta. Tem apenas duas janelas com barras de pedra. É que ela servia para ligar dois prédios, o Palácio Ducal e as Prisões Novas, o primeiro edifício do mundo a ser construído para ser uma prisão.
Mas há outra versão, muito distante dos suspiros de amor. Um dos mais famosos pontos turísticos de Veneza, a construção em estilo barroco data de 1603 e foi projetada pelo arquiteto Antonio Contino. Com 11 metros de largura, inteiramente feita de pedra de Istria, uma rocha calcária, a Ponte dos Suspiros é toda fechada e coberta. Tem apenas duas janelas com barras de pedra. É que ela servia para ligar dois prédios, o Palácio Ducal e as Prisões Novas, o primeiro edifício do mundo a ser construído para ser uma prisão.
A luminosidade externa contrasta com o interior, sombrio e pesado. Dentro da ponte há dois corredores paralelos, completamente separados. Ambos ligavam a prisão a diferentes áreas do Palácio Ducal. Um deles permitia ir para o lugar onde os juízes estavam e a justiça era aplicada.
No período romântico criou-se o famoso nome da ponte. Acreditava-se que os prisioneiros, quando saíam do tribunal para a prisão, suspiravam ao passar pelas janelas de pedra e pela última vez enxergarem a beleza de Veneza.
Um poeta ultra romântico, Lord Byron, consolidou o nome da ponte em um poema: “I stood in Venice, on the Bridge of Sighs, a Palace and a prison in each hand” (Eu estava em Veneza, na Ponte dos Suspiros, um palácio e uma prisão em cada mão).
Pela Ponte dos Suspiros passou (a caminho da prisão) Giacomo Casanova, libertino, escritor e aventureiro. Condenado a cinco anos de detenção, não cumpriu nem doze meses. Casanova cavou um buraco na cela e escapou em 31 de outubro de 1756, em uma das mais espetaculares fugas da história. Narrou tudo em sua autobiografia, que tem nada menos que doze volumes e é um dos mais agudos retratos da Europa na sua época.
Agora me pergunte como descobri tudo isso? Com dois amigos que me encantam: o senhor livro e a senhora paciência, que me fazem visitar com calma os lugares e aprender as histórias que guardam em suas páginas e paredes.