Um clássico da literatura universal, de autoria do italiano Carlo Collodi, publicado originalmente em 1881, foi tratado pela Disney co...

Comparem Pinóquio ao menor infrator de todos os tempos

pinoquio literatura infantil sociedade
Um clássico da literatura universal, de autoria do italiano Carlo Collodi, publicado originalmente em 1881, foi tratado pela Disney como o boneco de madeira mentiroso, que tinha como principal característica o nariz que aumentava a cada mentira.

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Na verdade, o episódio do nariz, que é uma passagem muito breve da obra de Collodi, tornou-se a historia mais comercializável para o público-alvo, que é o público infanto-juvenil. Porém, a obra As Aventuras de Pinóquio (Pinocchio) deve ser lida principalmente por adultos, apesar de ser classificada como literatura infanto-juvenil.

A suavidade dada pela Disney para o grande público omite um Pinóquio que pode ser qualquer menino problemático e que comete atos infracionais em nossa atualidade, com formação de uma índole duvidosa, que está exposto à situação de vulnerabilidade pela pobreza extrema de seu tutor. Um garoto de madeira abandonado originalmente, sem filiação certa, começa a conviver em péssimas companhias de meninos mais velhos e é exposto a situações de risco postas por adultos que causam danos de toda sorte a esses menores.

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Pinóquio é uma criança desobediente, ingrata, revoltada e ao mesmo tempo com a inocência própria das crianças. Os simbolismos utilizados na obra — a exemplo da figura do mar como agente de transformação, por representar o nosso lado inconsciente —, além do próprio simbolismo do menino de madeira — manipulável, que se transforma finalmente em menino de verdade no final —, apresentam passagens engraçadas e tristes, mas que, assim como o Pequeno Príncipe, tocam as almas mais sensíveis.

Após várias lutas por parte de seu tutor e do adoecimento que Pinóquio causava em todos, ele se transforma em um menino de verdade.

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