No dia 26 de julho, a Paraíba completará 93 anos da tragédia de 1930. A Paraíba nasceu de uma grande tragédia (1574 - Tragédia de Tracunhaém), originando a Capitania Real da Parahyba, devido à valentia da etnia Potiguara e à beleza de uma jovem indígena. Capitania Real porque passou a ser administrada diretamente pela Metrópole.
As tragédias continuaram por séculos, como o grande massacre dos Cariris, conhecido como Confederação dos Bárbaros, que durou meio século e foi objeto de obra de Escragnolle-Taunay. Segundo Gilvan de Britto, foi a maior tragédia paraibana. Seguiram outras tragédias, inclusive de amor.
O assassinato do Presidente da Parahyba, João Pessoa, serviu de pretexto para o golpe de Getúlio em 1930 e para a inauguração de uma nova fase ditatorial no país. Na tragédia de 1930, a Parahyba chorou (dependendo do lado de cada um) a morte de 3 Joãos: Pessoa, Dantas e Suassuna, todos tendo em comum a ancestralidade da matriarca do Nordeste, a tabajara Muirã Ubi, comum a boa parte da elite política nordestina.
Alguns também choraram a morte de Anayde, que teve seu nome maculado pela cultura misógina. O mentor intelectual da agressão aos Dantas seria José Américo de Almeida, segundo historiadores, que era apoiador de Vargas e virou Ministro.
No IHGP (Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba), é possível ver que o Governo usou o Jornal A União para difamar inimigos, embora o administrador João Pessoa tivesse qualidades como gestor, desagradando as oligarquias locais. Mandou derrubar a Igreja de N. Sra da Conceição colada no Palácio da Redenção, por reclamar da falta de ventilação. Ironicamente, seu mausoléu ocupa o vazio deixado pela Igreja, bem cerrado e sem ventilação.
Porém, sou contra mudar o nome da Capital. Deixemos que outro evento, que não seja trágico, mas grandioso, dê novos rumos ao nome da bela cidade, que por sinal está com o centro histórico abandonado. Os jornais da época encontram-se conservados.