É algo que nenhum homem consegue explicar, detalhar, se fazer entender.
Quantas vezes já ouvimos – “Você não é mãe, não pode compreender! Eu sim carreguei por nove meses!”.
Não posso negar, já tive a insanidade fazer tal afirmativa. Mas, não é bem assim.
Não posso negar, já tive a insanidade fazer tal afirmativa. Mas, não é bem assim.
Realmente, tem pai que é apenas “genitor”, aquele que entrou só com o esperma, ou sobrenome.
Aqui eu falo do verdadeiro, e legítimo, “paterno” pai.
Sabe aquela famosa frase “foi preciso sentir, ver, para ser possível acreditar”? Pois, com o “paterno pai”, isso não acontece, ele não sente nem vê com as entranhas, mas acredita que ali, naquele misterioso materno mundo aquático canta o coração do Ser que tem sua semente. E, é o bastante para brilhar o incondicional amor.
Quando as primeiras “borradas fotos eletromagnéticas” são feitas, dizem: “tem o nariz do pai”… ”parece com o pai"... pronto... satisfeito… “a mãe carrega, mas a criança vai puxar a mim”.
Não vamos falar hoje da íntima disputa dos corações maternos e paternos. O importante é a grande magia da gestação masculina, que acontece de verdade no instante que ele coloca sua cria nos braços. Ali, as entranhas do seu coração entram no compasso de uma nova existência. A magia do amor explode naquela junção dos corpos. Para a criança uma nova gestação tem início.
Ao cortar o cordão umbilical, a mãe divide com o mundo aquele Ser antes só seu. A conexão física e espiritual não é rompida. Os carinhos antes sentidos através de finas paredes agora são palpáveis. Não exclusivamente para ela, mas para muitos outras mãos.
O pai, que era chamado: “vem... escutou sua voz... coloca a mão... está mexendo!”. Agora pode utilizar todos os sentidos para embalar, acalmar, ninar, ou apenas aconchegar, aquela pequenina criatura coma qual contribuiu para ter vida.
A gestação segue... segue... e nove meses depois não dá mais para cortar o “cordão espiritual”, ele já é indestrutível na divina gestação masculina.