O comportamento autodestrutivo é hábito que prejudica o corpo e a mente humana. É a resposta a uma dor emocional reprimida, que pode te...

Comportamento autodestrutivo

O comportamento autodestrutivo é hábito que prejudica o corpo e a mente humana. É a resposta a uma dor emocional reprimida, que pode ter inúmeras causas, tais como: pavor ao fracasso; medo do sucesso; sentimento de apequenamento; não apresentar autonomia nem competências; sintomatizar o sentimento de rejeição.

Quando não consegue exteriorizar o que sente de maneira saudável, o indivíduo utiliza os mecanismos de sublimação mais disponíveis para si. Por exemplo: transfere as próprias frustrações aos outros; 
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abusa do consumo de álcool e/ou de drogas ilícitas e demais que destroem a autoconfiança. Os seus sintomas produzem o curto sentimento de prazer quando são experimentados. Uma forma de aliviá-los é o escapismo, que é constituído de estresse, de mágoa, de ansiedade, de vergonha, de depressão e de pensamentos ruins. Geralmente, ele sente a necessidade de extravasar sentimentos negativos por meio de encontros com amigos, em momentos que oscilam entre os estados de tristeza e de alegria, para intensificar a fuga e experienciar o prazer imediato e a dependência compulsiva, a fim de desabafar as angústias. São atitudes que podem conduzi-lo à habilidade de mentir continuamente para si mesmo, de forma a sempre fracassar diante do seu projeto de vida, bem como ao resultado extremo do autoextermínio.

O comportamento autodestrutivo apresenta estas características:

▪ “a pessoa reage de forma negativa ao sucesso”, pois apresenta baixa autoestima quando um objetivo é alcançado e menospreza as próprias realizações, sendo incapaz de valorizar a si mesmo e as suas qualidades;

▪ “autossabotagem”: como não se sente merecedor, o indivíduo frustra seus relacionamentos, seu trabalho, suas vitórias, os pequenos prazeres que sente ao fazer uma atividade e, principalmente, seu desenvolvimento pessoal. Ele encontra defeitos e empecilhos em tudo para justificar a sua necessidade de frustração.
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É comum que esse comportamento seja inconsciente e a pessoa não se dê conta das oportunidades perdidas;

▪ “crenças negativas”, por não conseguir apresentar a positividade dos bons resultados;

▪ “agressividade descontrolada”: geralmente a raiva é um dos muitos sentimentos reprimidos em pessoas autodestrutivas. A raiva pode se manifestar de forma incontrolável diante da adversidade ou em situações que não apresenta a tensão emocional. Com esse comportamento hostil, o indíviduo não aceita as sugestões dos outros por considerar que todos o usam com o objetivo de provocar um ataque pessoal. Desse modo, a reação é de desgastar relacionamentos;

▪ "abuso de substâncias’, que é o dano mais conhecido do comportamento autodestrutivo. Os efeitos desse vício fazem reviver um curto período de prazer. O hábito causa diversos problemas para amigos e familiares; ‘atitudes conflituosas’, apesar de desejar e apresentar uma bondade, esse comportamento não permite cumprir responsabilidades e cria discórdia no ambiente de trabalho. Caracteriza-se por ser um conflito entre o querer e o não querer. É o comportamento que não consegue alinhar seus desejos com seus comportamentos. Depois, a pessoa sente-se culpada por ter gerado sofrimento aos outros, que é incompreensível para si mesmo e não entende o que deve ser feito para não agir dessa forma;

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▪ "desejo de automutilação": essa ocorrência é uma forma de aliviar a dor psíquica;

▪ "força coercitiva do controle": surge quando se passa por momentos de grande adversidade e no sentimento de impotência. A tendência é procurar algo que crie a ilusão do domínio às decisões do outro, enquanto não se consegue resolver as próprias frustrações.

Para reverter o comportamento autodestrutivo, faz-se necessário identificar as suas causas, a fim de substituí-lo por hábitos saudáveis que aliviem a dor emocional. Deve-se intensificar a compreensão de que é possível mudar a forma de pensar e de agir. Isso é importante para iniciar a ressignificação das crenças e dos episódios negativos vivenciados pelo indivíduo.

O autoconhecimento é um processo de autopercepção. Para isso, deve-se descobrir o que se é e o que se deseja ser, além da importância de identificar as próprias qualidades, defeitos, sonhos e as várias habilidades que serão potencializadas. Nesse processo, compreende-se que o indivíduo é o responsável pela reconstrução dos seus afetos, bem como a sua forma de senti-los e de suportar as reações à adversidade. Pode-se, assim, tomar decisões mais resilientes e conscientes de seus benefícios do cuidar de si e dos outros.

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O autoconhecimento identifica a origem dos comportamentos autodestrutivos, bem como encontra soluções para eliminá-los. A psicoterapia, nesse contexto, é relevante. Ela ajuda a encontrar a causa primária do mal-estar, para que a pessoa aproveite melhor a existência, com mais alegria, e possa guiar-se na reconstrução dos afetos nos relacionamentos.

Para ajudar um indivíduo autodestrutivo é preciso paciência e compaixão. Deve-se manter um diálogo brando e livre de julgamentos, sem invadir a privacidade dele. Aconselhá-lo e incentivá-lo a realizar uma atividade física e descobrir um nova atividade que estimule as suas habilidades são condutas necessárias para que se obtenha a forma eficiente no comportamento harmonioso. Assim, ficará mais fácil para o indivíduo — que precisa ser amado — sair do estado de negação e lidar com a solução da sua autodestruição na complexa arte de ser feliz, de forma a construir a própria dignidade.

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