Jamais desistas de ser quem és! Vais receber inúmeros rótulos: sentimental, romântico, bobo, sensível Vais ser taxad...

Cada árvore resulta de uma semente

poesia paraibana vania farias castro
 
 

 
Jamais desistas de ser quem és! Vais receber inúmeros rótulos: sentimental, romântico, bobo, sensível Vais ser taxado de louco, trouxa, bronco descompensado, exagerado, deslumbrado Vão atirar pedras por todos os lados algumas cortarão tua carne das feridas, o rubro líquido percorrerá tua face outras, deves usar como alicerce são elas que sustentarão teu edifício ou pavimentarão tuas estradas Jamais desistas de ser quem és! És único e singular, jamais terás um igual seja no gênio, caráter ou educação nem um gêmeo xifópago, teu irmão viverá ou sentirá como sentes. Cada árvore resulta de uma semente cada ser é resultado de suas experiências vivências, sensações ou sentimentos A natureza não permite violência respeita tua essência, tuas escolhas necessidades Não há um ser nesta cidade que saiba o de que necessitas para viver!

No início você quer se cobrir de luto quer vestir a cidade de luto quer gritar sua dor aos quatro ventos perde o interesse por muita coisa principalmente pelas que eram importantes para quem partiu.... A monoidéia passa a morar em sua mente Você mente para o mundo quando tenta sorrir interagir com o entorno é doloroso e exaustivo você se culpa por permanecer vivo. Ao deitar, seu último pensamento pertence a ele ao acordar seu primeiro pensamento também lhe pertence e os dias trancorrem sem cor, cheiro ou som tudo é silêncio e escuridão. E quando você percebe que os outros já o esqueceram? Ontem, encômios fervorosos Hoje, o vergonhoso olvido afinal, os vivos têm pressa por viver A vida continua para muitos, para você foi pausada passa em câmera lenta e você é ator e expectador dessa tragédia chamada vida dessa incógnita chamada morte! Mas você também entende que um dia, todos terão seu próprio luto terão suas próprias dores e escuridão e perceberão que estarão sozinhos.

Meu amigo, hoje o dia foi estranho um desfile bizarro e pitoresco meu estômago, quase vira pelo avesso com o rosário de mentiras enfileiradas Vi covarde se esconder em pé de alface com astúcia e sofismas escancaradas transformando azeitona em manga verde passeando livre e leve nas calçadas. Numa hora era a vítima coitadinha homem probo, cônscio dos próprios deveres num segundo, era um lobo sem o pelo da ovelha, escalpelada até as vísceras um bandido pensando ser bom artista Tonto inútil, acreditando ser o Zorro Também vi, outra com cara de anjo inventando sofrimento e inanição quando penso em ajudar com o coração e moedas, que alivie o sofrimento Descobri, de inopino, que o intento era apenas iludir qualquer incauto a sabida, planejava dar uma festa com bebidas, boa música e belos pratos. Outro anjo pediu aconselhamento ou quiçá, uma contrita oração sua família vive sempre em aflição com carência de harmonia e de sorte na verdade, seu intento era apelar pros ingênuos que estivessem de plantão Toda história é uma sórdida armação numa busca alucinada por dinheiro Não entendo, onde tantos embusteiros organizam-se para o ensaio de suas peças vou dormir, que amanhã acordo cedo pois o dia foi de glória e de festa do embuste, covardia e enganação!

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