Marcos Vitrúvio Polião foi um arquiteto romano que viveu no século I a.C. e deixou como legado a obra "De Architectura", composta de 10 volumes, escrita entre 27 e 16 a.C. Esse é o único tratado europeu do período grego-romano que chegou aos nossos dias e serviu de inspiração a diversos textos sobre Arquitetura, Urbanismo, Hidráulica e Engenharia, desde o Renascimento.
Seus padrões de proporções e os seus princípios conceituais — "utilitas" (utilidade), "venustas" (beleza) e "firmitas" (solidez) — inauguraram a base de sua teoria. Compartilhando essa imensa habilidade, Leonardo da Vinci se inspirou para criar o Homem Vitruviano, que é um desenho do corpo humano a partir das proporções ideais. Ele foi arquitetado por meio dos conceitos expostos na obra de Vitrúvio e representa o ideal de beleza e harmonia de nosso corpo.
Ele só não explica os desenhos de nossa alma, que recebem influências de fora do corpo, mediante incorporação de tendências, gestos, modos, opiniões, e que devoram fronteiras, eliminando exterioridades, como escreveu Peter Pal Pelbart em seu livro "A vertigem por um fio".
As forças de fora nos ajudam a colocar o pensamento além de nós. Por conta disso, quando a tristeza trouxer um pouco de solitude, faça um pedido a você mesmo e deixe seus instintos formarem um campo aberto de sentido.
Nem sempre as notícias são para resolver. Por vezes, um pedido do outro é uma trágica lembrança de um evento inesperado, mas consistente, e que merece atenção.
Não desfaça nenhuma escolha por interesses ocultos ao seu gosto. Basta apenas que o respeito surja nas mãos de quem recebeu essa missão em dar de si sobre o que desmoronou sem sentido. Muitas vezes, tudo pode ser tão vago e não há clareza em nenhuma esquina, calejada e displicente como o entardecer. E lamentamos porque já está de volta. Finja nessa hora que está resoluto. Profetize palavras de esperança e ternura. Estimule a si por minutos escondidos com nobres e sensíveis desejos.
Os que ainda se apegam a seus passados, acabam por rastejar um lugar em sua fronte como resposta, porque estão presos em si. Torne-se forte e altivo e, então, sentirá um arco garboso e solene despejado aos pés de um lindo descampado esverdeado e pronto.
Quem sabe você decida se deitar para olhar o céu e ver como o tempo passa rápido. Vai descobrir que tudo tem o seu próprio momento.
O perdão liberta, mesmo que seja aos pés de um esquife marrom, com mãos douradas. Depois disso, siga tentando decidir o que ainda não sabe, caso a desesperança ronde seu olhar, que de tanto soprar, parece ser a próxima verdade que açoita.