Costumo dizer que ser “mãepai”ou “paimãe” é ter sido nomeada guardiã/guardião, algo simplesmente sublime.
No dia das mães, fui parabenizar uma jovem que me atendia no caixa de uma padaria.
- Gratidão, feliz dia das mães!
- Eu sou mãe de PET, serve?
- Claro que sim! Parabéns!
No dia das mães, fui parabenizar uma jovem que me atendia no caixa de uma padaria.
- Gratidão, feliz dia das mães!
- Eu sou mãe de PET, serve?
- Claro que sim! Parabéns!
Ela toda feliz…: “Então obrigada!”.
Não posso lançar mão da hipocrisia para afirmar que a gestação uterina e a “coronária” sejam iguais.
As duas, a fisiológica e a espiritual, são igualmente divinas, cada uma tem sua própria identidade, imparidade, grandiosidade.
A mãe coronariana é tão mãe quanto aquela que pariu. A gestação coronária ocorre com os olhos alimentando o coração, fazendo com que o cordão umbilical seja formado e jamais seja cortado.
Olhos do coração, que acompanham cada detalhe do crescimento desse maternal e incondicional amor.
A gestação coronária tem um detalhe bem particular, ímpar e único. Ela permite o experimentar, o vivenciar da maternidade de seres de outras espécies.
Os “humanos animais” tornam-se filhos amados, queridos, insubstituíveis.
Um mês depois que meu filho foi assassinado, ganhei um floquinho que batizei de ICE, era um Poodle micro toy . Ele não chegou para substituir Matheus, veio para agregar amor e alegria aos nossos tristes dias. Hoje ele corre pelos gramados das nuvens.
Então, querida mãe de PET, como se identificou, você merece parabéns, sim.
Parabéns por cuidar de quem depende exclusivamente dos seus cuidados e dedicação.
É uma constante doação, que muitos não conseguem das próprias crias que um dia criaram.
Tanto quanto sou mãe e avó, você é, sim, uma verdadeira guardiã.