No início da décade de 1920, surgiu na Alemanha o Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, caracterizada por ser uma escola de teoria fundamentada na Filosofia e Sociologia. Uma de suas contribuições foi criação da Teoria Crítica, que está estruturada nos conceitos da psicanálise do neurologista e psiquiatra austríaco Sigmund Freud (1856–1939) e no pensamento do filósofo, economista, historiador, sociólogo e jornalista alemão Karl Marx (1818–1883).
As influências da metapsicologia freudiana surgiram dos impulsos psicológicos sendo gerados pelo consciente e inconsciente. São eles que determinam todo comportamento humano. Do marxismo foi extraído o sistema de análise que denunciava os conflitos sociais e as cruéis relações humanas geradas pela exploração do empresário contra a dignidade financeira do trabalhador, bem como de mostrar o poder destruidor das instituições que regulavam as sociedades, como o governo, as religiões e as famílias. Outra contribuição da Escola de Frankfurt consistiu em apresentar o bem-estar social a partir de suas relações econômicas, políticas e sociais.
As influências da metapsicologia freudiana surgiram dos impulsos psicológicos sendo gerados pelo consciente e inconsciente. São eles que determinam todo comportamento humano. Do marxismo foi extraído o sistema de análise que denunciava os conflitos sociais e as cruéis relações humanas geradas pela exploração do empresário contra a dignidade financeira do trabalhador, bem como de mostrar o poder destruidor das instituições que regulavam as sociedades, como o governo, as religiões e as famílias. Outra contribuição da Escola de Frankfurt consistiu em apresentar o bem-estar social a partir de suas relações econômicas, políticas e sociais.
Um dos fundadores da Escola de Frankfurt foi o filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno (1903-1969), que teve, na instituição, uma produção acadêmica muito intensa, em várias áreas do conhecimento. O seu pensamento gravitava de forma contrária à ideia da compreensão do mundo por meio da razão. Uma de suas pesquisas apresentou o conhecimento da não identidade entre sujeito e objeto, em vez de fundamentá-lo na relação em torno do indivíduo e o objeto a ser conhecido. Afirmava que a finalidade da Teoria Crítica é não restabelecer o sujeito em sua verdade, e a “negatividade” é a única maneira de compreender o mecanismo da razão. Com o objetivo de provar essa tese, a sua obra Dialética Negativa (1966) expõe a incapacidade de compreender o todo por meio do pensamento e comprova a experiência particular sem que esta seja destruída pelos conceitos universais. Portanto, esse processo recusa a formação de definições lógicas para apreender a experiência e traz consigo mais materialidade à causa, também ao sentido da realidade, bem como aos conceitos e às leis relacionadas à natureza, que servem de fundamentos para o conhecimento de todas as ciências, pois busca compreender a origem de tudo.
Segundo Adorno, os conceitos abstratos são as repressões do mundo não real e enganador, visto que a totalidade é algo falso. Com isso, o filósofo da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt defendeu a necessidade de se pensar os particulares em oposição aos interesses dos grandes sistemas filosóficos que tentavam incluir tudo o que lhes era favorável de existência. Por exemplo, ele foi contra as teses dos filósofos alemães Immanuel Kant (1724–1804) e Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).
Na atual sociedade industrial, o indivíduo se torna supérfluo e toda dignidade humana é destruída. O perverso sistema administrativo e a demência social causada pela medíocre cultura de massas se unem na uniformização da doentia percepção crítica e da linguagem vulgar. Diante dessa loucura, qual será a tarefa da estética em relação a isso? Ao responder a essa pergunta, em seu livro Teoria Estética (1970), Adorno afirma que o objetivo principal das suas análises em relação à arte é o de apreender seu conceito de verdade, pois ela deve assumir uma postura crítica contra a terrível “indústria cultural”. Esse conceito recebeu a colaboração do filósofo e sociólogo alemão Max Horkheimer (1895–1973), que muito contribuiu para criar a Teoria Crítica.
Em seu livro Eclipse da Razão (1947), Horkheimer afirma que há dois elementos que compõem a “razão instrumental”: o ego abstrato, que compreende a tentativa do ser humano em tornar tudo o que existe em meios para a conquista de algo para si mesmo; e a natureza vazia, que trata do objeto a ser dominado e possui somente a finalidade de satisfazer os próprios interesses, sendo seu único objetivo é a autopreservação. Para Adorno e Horkheimer, o perigo pertencente à “Indústria Cultural” é o cultivo de falsas necessidades psicológicas que são saciadas por um doentio consumo. Dessa forma, eles perceberam a cultura produzida em massa como ameaça para a sobrevivência das artes mais difíceis de serem produzidas do ponto de vista técnico e intelectual.
Teodor Adorno (1970, p. 19) define a arte moderna como a “antítese social da sociedade”, pois ela não aceita qualquer tentativa de inserção a parâmetros socialmente determinados e aceitáveis, bem como despreza normas e preceitos de estruturação preconcebidos, rejeitando modelos éticos, políticos e religiosos que possam determinar previamente a sua forma.
Noutro livro, Dialética do Esclarecimento (1944), escrito com a colaboração de Horkheimer, Adorno apresenta o conceito de “Indústria Cultural como engano em massa". Ele justifica isso por ela produzir bens de consumo padronizados: filmes, programas de rádio, revistas e outros, que são usados para engessar a passiva sociedade de massas, por mais insuportáveis que sejam suas péssimas condições econômicas. De acordo com Luiz Costa Lima, no ensaio Teoria da Cultura de Massa (Ed. Paz e Terra, 1986), Adorno afirma que: “A obra artística tem uma relação mediata com a realidade histórico-social em que foi produzida. [...] ela não fica reduzida a reafirmá-la no que tem de mais geral, mas é sua negação. Mas não é negação formal, externa, e sim negação plena de conteúdo social”. Por isso, a estética adorniana é contra todos os sistemas de dominação que controlam as atividades humanas.