PROMESSA DE CONTRATO
O cavalo - este que em mim galopa - sou eu sóbrio, farto de portar certezas e testemunhas que cato pelo caminho Talvez por não resistir à história, insisto nas fábulas dos ladrilhos revirados pelos cascos das mãos nuas Mas quem sabe, em uma manhã despercebida das ausências, eu desabe sobre uma almofada, aqui mesmo nesta sala, onde por vezes, me vejo um tolo E desista de assinar meu nome; de distribuir elogios à loucura.
O cavalo - este que em mim galopa - sou eu sóbrio, farto de portar certezas e testemunhas que cato pelo caminho Talvez por não resistir à história, insisto nas fábulas dos ladrilhos revirados pelos cascos das mãos nuas Mas quem sabe, em uma manhã despercebida das ausências, eu desabe sobre uma almofada, aqui mesmo nesta sala, onde por vezes, me vejo um tolo E desista de assinar meu nome; de distribuir elogios à loucura.
(do Breviário dos olhos)
Não deixe que se esgotem as dúvidas;
a pretensão da certeza endireita.
É nula a soma,
como é certa
a primeira gota da tempestade.
Erguem-se os hipócritas
que sobrevivem da espreita.
A sobrevivência de certos espíritos
depende da discrição dos gestos.
As sombras,
somadas,
ocupam todo lugar no espelho.
Pode existir alguém mais fiel
que um inimigo?
O homem é um ser de atitudes medidas
e pensamentos velados.
Certas bocas
não vestem bem as palavras.
Sempre haverá bocas do inferno
mastigando asas de querubim.
As verdades se camuflam
e não nos chegam nos abraços.
A mínima distância
já é um desencontro.
Abandonar a face
e seus complementos de hipocrisia.
Não interrompam o cotidiano das serpentes;
elas não buscam no homem seu veneno.