Anjos são leves seres de divina luz de energia pressentida no coração. Flutuam sem peso, a gravidade não os puxa para baixo. Eles nos ...

Anjos e Rock'n'roll

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Anjos são leves seres de divina luz de energia pressentida no coração. Flutuam sem peso, a gravidade não os puxa para baixo. Eles nos transmitem paz e alegria, vibram com as nossas conquistas, imantam em beleza o espaço.

Tem aqueles que são especialistas em saúde e outros que desde que nascemos nos oferecem proteção. Cada um de nós tem o seu Anjo da Guarda que não descansa nunca.

São luminosos, harmônicos, criativos. Nos influenciam a não ter apego, nem divisão.

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Falco
Tudo do bem e do bom se torna imensamente amplo, amoroso ao infinito e possível sob as asas da influência Angélica.

Em um período de muita dificuldade, deixei-me levar pela vibração dos Anjos e me entreguei completamente à energia da luz. Não sabia aonde ir e nem a quem recorrer.

Nesta época minha casa se chamava Casa dos Sonhos, eu e meus filhos havíamos transformado com muito empenho uma casa abandonada em uma casa aberta às artes. Trabalhamos muito para tornar a casa habitável, selamos a nossa união em um plano superior. Naquele momento nao tínhamos alcance para perceber a projeção divina em nossas vidas. Naturalmente uma força maior se fazia presente e nos conduzia, vivíamos em paz dinâmica. O eterno escrito no agora. O tempo era um outro tempo.

A casa era rica em liberdade e criação. Pintei tantos anjos que me dilui em aguarrás, estudava Angelologia, e cada vez me encantava mais com o poder dos Anjos, Arcanjos e Querubins. Tudo, tudo mesmo, passou a acontecer naturalmente e com fluidez.

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Escrevi inúmeros poemas angélicos, que quem sabe agora com tempo para organizar o meu “ museu “, seja possível resgatar os originais desta epopéia prodigiosa.

Lembro-me do maravilhamento ao trazê-los para o cotidiano: não faltavam flores, músicas belíssimas, brincadeiras, alegria, pincéis e cores, dança, oficina de criação e a magia das velas acesas em focos de luz, incensos. Não faltava tempo para a leitura e para a escrita. Conversas se alinhavam, o tempo era longo. A trilha sonora privilegiava Enigma, Nabucco de Verdi, Sonho de Amor , de Liszt, Alegria do Cirque du Soleil, Piazzola, Al Di Meola e Paco de Lucía, Caruso por Luciano Pavarotti. Ouvia música brasileira, ouvia blues e rock.

A casa era arejada, clara, o quintal tinha plantas e ervas para chás e banhos perfumados. Meu pezinho de manjericão, a hortelã rasteira. Passando o quintal tinha um puxadinho com um fogão de lenha encerado com vermelhão. Aí com caldeirão e colher de pau brincava de casinha preparando comidas no improviso do que tinha para ser o almoço ou o jantar do dia.

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Falco
Tudo muito limpo e organizado. Recebia artistas, músicos, escritores, poetas e na parte da frente da casa tinha um pequeno comércio de roupas lindas que garimpava nas feiras de moda mineira. Vendia exclusividades.

Estudei Feng Shui e apliquei o ensinamento na Casa. Em todos os espaços, ouvia e sentia a energia do lugar e respeitava a vocação à qual se destinava.

Prismas coloriam as réstias de sol. Goteiras faziam o batuque nos dias de chuva, o cheiro de terra molhada das telhas vãs. O quarto úmido, o colchão no chão, roupa em araras.

Água no filtro de barro. Não havia dinheiro, havia alegria. Vinho não faltava, sempre alguém trazia uma garrafa. Onde havia caos apliquei a ordem e criei harmonia. Havia magia. O encanto reinava.

Abria Tarô, conversava com os Anjos, seguia a orientação das Runas. A fé abria caminhos.

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Falco
No muro de um terreno baldio, vizinho da casa, escrevi com a minha letra de professora um poema chamado liberdade. Foi o primeiro poema do Livro de Rua, era uma saudação aos artistas que me visitavam.

Guilherme tocava gaita, comia melancia e eu o servia aos fins-de-semana com cupim recheado assado em horas de forno. A vida tinha graça.

Namorar era a delícia a que me permitia.

Sinto saudade desta época e para quem pensa que o estudo dos anjos não tem profundidade se engana, eles aparecem em uma linha histórica nas Artes, na Música, na Literatura. Foram traduzidos pelas mãos dos maiores artistas, Da Vinci, Michelangelo, Botticelli e em todas as civilizações estes seres alados e de infinita luz estiveram sempre presentes.

Aqui vai um verso de que me lembro e que é um dos poemas do Livro de Rua, escrito no muro de entrada do Cemitério de Tatuí (hoje não existe mais). Faz parte de uma história e sua transição para o efêmero.

Anjos que me acompanham numa ancoragem perfeita neste uníssono de asas melodia pura de trombetas que anunciam vida nova término de todo fim.


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  1. Anônimo2/4/23 14:10

    Estão sempre a nos guiar ,orientar, abraçar e anos conduzir pelos caminhos do Amor. Mto bonito seu trabalho, parabéns!

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