A célebre frase “a vida é muito curta para se beber vinho ruim” não veio de nenhum ébrio. É atribuída a um grande poeta, escritor, dramaturgo e filósofo alemão, Goethe (1749-1832). Seu avô comercializava vinhos e seu pai possuía vinhedos.
Não se pode falar de vinhos sem mencionar o hexágono francês. Além de ser o maior produtor de vinho do mundo, é também considerado o país onde se encontram as melhores vinícolas.
A França não é um país continental, como o nosso. Sua área, similar ao Estado de Minas Gerais, possui grande variedade de climas e características geográficas propícios à viticultura. Das dezesseis grandes regiões vinícolas francesas de prestígio internacional, podemos citar Bordeaux, Alsace, Champagne, Bourgogne, Côtes du Rhône e Languedoc-Roussillon.
Alguns dos rótulos mais prestigiados do planeta são originários de suas vinhas, como Romanée Conti, Dom Pérignon e Château Margaux.
Para quem vai visitar o país dos vinhos (e dos queijos), uma boa pedida para paladares apurados é o percurso de regiões vinícolas, com degustações de renomadas safras.
John Cameron
A vinícola Château Pipeau, em Saint-Émilion, região de Bordeaux, França chateaupipeau
Tivemos o privilégio de ser recebidos por Brigitte Mestreguilhem, uma senhora muito simpática e acolhedora, que nos mostrou tanto as vinhas quanto as dependências do castelo onde o vinho é fabricado, assim como suas adegas repletas de barris. Pelo que ela disse, o trabalho meticuloso é responsável pela grande concentração de aromas e de taninos, resultando uma qualidade excepcional de fruta.
Família Mestreguilhem
Jô e Brigitte Mestreguilhem
Quanto ao “paradoxo” mencionado no título, os médicos são unânimes quanto aos três fatores de risco para doenças cardíacas: sedentarismo, tabagismo e ingestão de gorduras saturadas. No entanto, os franceses, comparados a outros povos do mesmo nível sócio-econômico-cultural são mais sedentários, fumam mais e consomem mais gorduras saturadas, sobretudo patês, queijos e manteigas. Todavia eles não têm os mesmos problemas cardiocirculatórios prognosticados. Além de não apresentar aterosclerose coronária, é um povo longevo. Basta um passeio em praças públicas e
Paula Moya
Estudos científicos provam que a mortalidade cardiocirculatória é inversamente proporcional ao consumo de vinho tinto. Portanto, onde há maior consumo dessa bebida há menos incidência dessa causa mortis e vice-versa.
A justificativa científica seria a de que o vinho tinto possui componentes que atuam como antioxidantes, protegem os capilares e servem como protetor gastrointestinal, entre outras funções.
Trata-se do famoso “paradoxo francês” expressão usada para esse ilogismo. A comunidade científica confirma o fato de que o consumo constante e moderado de vinho tinto, sobretudo durante as refeições, é benéfico à saúde.
Um brinde a todos. À la santé? Tim tim!
