Acordei de madrugada com a notícia da passagem de Juca Pontes.
Tive um choque na hora e não acreditei, saindo a perguntar a um monte de gente.
Juca era um amigo muito bom, de todos que o conhecia. Nunca o vi falar mal de ninguém e ajudava quem podia. Era um dos nossos melhores poetas.
E também um dos melhores editores de livros que conheci.
Juca era um amigo muito bom, de todos que o conhecia. Nunca o vi falar mal de ninguém e ajudava quem podia. Era um dos nossos melhores poetas.
E também um dos melhores editores de livros que conheci.
Editou meu segundo livro – Intervalo Lírico.
Lembro como se fosse hoje, a gente indo pra Campina Grande de carro entrevistar o poeta Ronaldo Cunha Lima e ele:
— Poeta, estou organizando uma coletânea de literatura paraibana contemporânea para a Secretaria de Educação. Você tem algum livro inédito?
Eu nem tinha, mas corri atrás para produzir um livro em tempo recorde, isso em 2005.
Desde que voltei para o sertão recebia ligações sua de vez em quando.
Sempre me convidando para eventos, palestras, feiras de livros. E eu agradecia e dizia que estava longe do litoral, que era complicado eu viajar, etc.
E ele sempre rebatia: pois cuide, porque a Arribaçã tem que voar. Apesar de também editar livros, não tinha qualquer espírito de rivalidade com os outros editores.
Juca é daquelas figuras queridas por todos. Gente do bem, amigo de todos, um grande editor e um poeta necessário.
Ele sempre encerrava suas conversas ao telefone comigo com um “bacana, poeta!”
Ah, poeta, não foi bacana essa notícia!