Do poema em forma
o poema pode ser complexo inventar enredos e palavras textos consumir estrofes desenhando verbos e dar-se ao mundo em varal moderno. o poema pode ser humilde nas gramaturas do que diz da vida que comenta traçando retratos nas palavras simplesmente como se fora enredo daquilo que se sente
o poema pode ser complexo inventar enredos e palavras textos consumir estrofes desenhando verbos e dar-se ao mundo em varal moderno. o poema pode ser humilde nas gramaturas do que diz da vida que comenta traçando retratos nas palavras simplesmente como se fora enredo daquilo que se sente
Do poema em larga estrada
e se o poema der-se à razão de transitar palavras à contramão? e se o mundo deitado em suas curvas der-se ao pessimismo de suas contraturas? talvez o verbo em sumular postura dê-se à condição de vestir-se da disputa e embrenhar-se inteiro na verdade literária da luta
e se o poema der-se à razão de transitar palavras à contramão? e se o mundo deitado em suas curvas der-se ao pessimismo de suas contraturas? talvez o verbo em sumular postura dê-se à condição de vestir-se da disputa e embrenhar-se inteiro na verdade literária da luta
Equações poemáticas vigentes
o poema é uma equação verbal com os dígitos da vida como trazê-lo incólume em matemática lide se os fatos são bólides de quânticos matizes? melhor adestrar os dígitos aos trânsitos da vida e derramá-los livres nas falas e nas avenidas
o poema é uma equação verbal com os dígitos da vida como trazê-lo incólume em matemática lide se os fatos são bólides de quânticos matizes? melhor adestrar os dígitos aos trânsitos da vida e derramá-los livres nas falas e nas avenidas
Do poema e seus limites
antigo meu verso não diz mais do que eu consigo é que dizê-lo tanto é mais indício de que a palavra é sempre um precipício onde descambam verbos e infinitos contrito meu verso nunca é mais do que eu digo é que lhe falta o jeito e a prática de ser mais explícito coisa de ser palavra que diga mais do que é preciso baldio meu verso inaugura os descampados sem fim do que me cuida incauto, nas permanências da vida e nas distâncias das ruas, meu verso é só um salto nos caminhos que eu construa
antigo meu verso não diz mais do que eu consigo é que dizê-lo tanto é mais indício de que a palavra é sempre um precipício onde descambam verbos e infinitos contrito meu verso nunca é mais do que eu digo é que lhe falta o jeito e a prática de ser mais explícito coisa de ser palavra que diga mais do que é preciso baldio meu verso inaugura os descampados sem fim do que me cuida incauto, nas permanências da vida e nas distâncias das ruas, meu verso é só um salto nos caminhos que eu construa
Do poema e da luta em concisão
que o poema não se constranja em embrenhar-se na luta que se tanja que a luta não se engane que o poema é bandeira de tremular pelo sangue é que poema e luta derramados nas ruas são duas armas do homem um atiça a verdade que a outra consome.
que o poema não se constranja em embrenhar-se na luta que se tanja que a luta não se engane que o poema é bandeira de tremular pelo sangue é que poema e luta derramados nas ruas são duas armas do homem um atiça a verdade que a outra consome.
Poema em navegação aberta
o poema envergonhado afaga a América em seu latino salto deixa-se militante em seu panfleto livre do eu lírico contrafeito o poema apenas dorme a forma em seus trejeitos como se fora um bólide dos conteúdos do peito
o poema envergonhado afaga a América em seu latino salto deixa-se militante em seu panfleto livre do eu lírico contrafeito o poema apenas dorme a forma em seus trejeitos como se fora um bólide dos conteúdos do peito
