"Há um tempo para cada coisa debaixo do sol.
Tempo de plantar, de colher, de nascer, de viver e de morrer"
Eclesiastes 3,1
Tempo de plantar, de colher, de nascer, de viver e de morrer"
Eclesiastes 3,1
A paciência está sendo destruída pelas gratificações instantâneas. Por este motivo, quando a luta diária está difícil, a sensação do falhar e do não conseguir assume o lugar do “acreditar ser possível, apesar de...”
Perseverar em um mundo movido pelo “mínimo tempo para realização” está sendo cada vez mais incomum.
Perseverar em um mundo movido pelo “mínimo tempo para realização” está sendo cada vez mais incomum.
Já tivemos época em que uma carta demorava semanas para chegar ao seu destino. As chamadas telefônicas, para serem completadas, precisavam passar pelas competentes telefonistas. Então, demoravam alguns minutos até o diálogo acontecer.
Enfim, hoje tudo mudou.
É ruim?... Depende.
Salvar a vida de um paciente a quilômetros de distância; ter informações precisas e instantâneas para evitar catástrofes. Tudo isso é divino. Mas... sempre existe o outro lado da moeda.
Existem situações que não podem ser concretizadas num piscar de olhos, ou na velocidade da luz.
Desaprendemos a nos dar tempo. Eliminamos a temporalidade da natureza das coisas, e das pessoas. Pomares com sombras, solo coberto de folhas e frutos caídos de maduros foram substituídos por árvores cultivadas em varandas de apartamento. A laranjeira criança já nos presenteia com inúmeras laranjas.
Pela volatilidade do atual viver, e até pelo crescente medo da morte, cobranças do imediatismo são praticadas por nós para conosco e para com os outros.
Esquecemos que o pomar do Ser necessita de adubos específicos, como serenidade, comprometimento, perseverança e, principalmente, crença na essência do que somos.
Começamos... e já exigimos...;
Um estudo... mente sábia;
Uma atividade física... Corpo escultural;
Uma dieta... saúde;
Um relacionamento... diferenças vencidas e aceitas;
Um negócio..lucro.
Não funciona.
Acabamos por nos tornar seres frustrados, infelizes, tendo como companheira inseparável a descrença em nós e nos outros.
Que possamos aprender “imediatamente” a nos respeitar como o Ser natural que somos!