Dentro em breve, apesar das guerras e sub-guerras por procuração movidas pela OTAN contra a RÚSSIA e a CHINA, os países da EURÁSIA aind...

Paris sempre Paris?

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Dentro em breve, apesar das guerras e sub-guerras por procuração movidas pela OTAN contra a RÚSSIA e a CHINA, os países da EURÁSIA ainda visitarão a EUROPA como turistas, já que os americanos gostam de visitar a INGLATERRA como uma espécie de parque temático da nobreza pós-feudal, usando celulares e fazendo selfies com o destacamento dos guardas do PALÁCIO DE BUCKINGHAM ao fundo, além de outras lembranças pitorescas dos já distantes dias de cavaleiros, bruxas e dragões.

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Dentro em breve, já desindustrializados em prol de uma economia controlada pelo rentismo bancário, os países europeus ficarão mais parecidos com a JAMAICA, o HAVAÍ e o CARIBE, com hotéis e hotelaria, hostais e pousadas, tornando-se o principal setor de crescimento, tal qual acontece no BRASIL, em recessos litorâneos como CAMBORIÚ (SANTA CATARINA) e a praia do CABO BRANCO (PARAÍBA). Se faltam aos europeus as belezas naturais típicas dos trópicos, lhes sobra ainda o alento de particularidades urbanas e arquitetônicas, as quais há muito se tornaram cartões postais para o mundo inteiro, como o BIG BEN e a TORRE EIFFEL.

Milionários e investidores de criptomoedas baseadas no tráfico de armas, entorpecentes e sonegação fiscal, ávidos em ancorar seus bitcoins em um formato monetário definitivo, darão as cartas no comércio de imóveis, arrebanhando apartamentos em áreas nobres antes ocupadas pela burguesia industrial e comerciária.
Lotsemann
Garçons franceses e alemães, vestidos com seus pitorescos trajes quase hollywoodianos, farão a delícia de olhares chineses, vietnamitas ou coreanos, todos estes gozando férias do trabalho cada vez mais bem remunerado em seus países consumidores de grãos produzidos em países podados de suas indústrias e produção petrolífera, como a UCRÂNIA e o BRASIL.

Em ITÁLIA, levas de turistas asiáticos farão selfies junto ao estardalhaço visual da guarda suíça do VATICANO, com suas lanças e elmos medievais, enquanto turistas japoneses verão aquilo sem conseguirem aceitar a ideia de um retrocesso em direção a um passado que falaria hoje, anacronicamente, de um corpo de samurais protegendo o palácio do primeiro ministro japonês, como fez durante os shogunatos, perdurados entre os séculos XVI e XIX.

Quanto às famosas vinícolas francesas, como Château Cantenac e Moët et Chandon, entre outras, pouco delas restará em termos de propriedade familiar francesa, uma vez que as famílias produtoras já terão vendido praticamente todos os campos de cultivo – inclusive com seus respectivos castelos feudais – para investidores chineses, que, por sua vez, terão sido ávidos em reformar internamente aqueles aposentos medievais, introduzindo neles um sem número de modernidades disponíveis para conforto hoteleiro e controle de temperatura, com quartos e banheiras térmicas, sem falar numa infinidade de aparelhos e recursos eletrônicos. Resta para as famílias dos antigos donos a administração desses hotéis de carapaça medieval, e que recebem em sua maioria chineses recém casados a fim de curtirem lua-de-mel.

A desvalorização crescente do Euro, com o avanço da inflação provocada pela elevação dos preços de energia, petróleo e gás, sempre agravada pelos pacotes de sanções à Rússia — a esta altura, o nono consecutivo,
Egor Myznik
que restringe aos países da OTAN a importação de matérias-primas como alumínio e cobre, prejudicando mais uma vez a indústria europeia, e, principalmente a Alemanha — já está levando sua classe média a um estado de desespero produzido por desemprego, pobreza e, muito em breve, dificuldade em se alimentar devidamente. Uma loucura total. A Rússia parece já esquecida das sabotagens perpetradas pela OTAN contra os gasodutos NORD STREAM 1 e 2, uma vez que não se abalou economicamente com a perda desse fornecimento à EUROPA, pelo tanto de contratos de fornecimento que tem com o restante da ÁSIA e a poderosa integração do Oriente trazida por estradas, pontes e viadutos que servem a nova Rota da Seda, hoje rebatizada de CINTURÃO E ESTRADA, ligando países como IRÃ, ÍNDIA, RÚSSIA e CHINA + ARABIA SAUDITA e países da OPEP.

Os rescaldos de golpes e agressões de passado recente, como foram as destruições de SÍRIA e LÍBIA, bem como as primaveras capitalistas de MAIDAN ou SÉRVIA, continuarão produzindo uma chuva de imigrantes por ruas da GRÉCIA, TURQUIA, LÍBANO, FRANÇA, ITÁLIA. No caso específico de PARIS, pelo menos é possível prever que o espírito comercial de antigos berberes do SAARA preencherá, nas pequenas lojas de artigos e miudezas, os espaços vazios deixados pelas ruas tortuosas da margem direita do SENA, onde um dia a cavalaria do Rei Carlos X encontrou a feroz resistência das barricadas, naquela mesma rua – Blvd Saint Antoine – onde primeiramente pus meus pés depois de chegado na antiga capital francesa, nascida há 2000 anos, de um acampamento montado por Caio Julio César, em 55 a.C.

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