Então, nos sentimos assim: As amizades envelhecendo e quase sem tempo mais para as boas conversas, cumprimentos e abraços presenciais.
Tememos perder até mesmo a prática do saboroso cafezinho, presentificado por um bom papo sem ser frio nem amargo.
Ao invés disso, ficamos assistindo aos desfiles das síndromes de solidão e medo, do engasgo com esse grande carnaval de incertezas que esquenta os blocos frenéticos e emudece a garganta tolhida deste país. Estamos quase impedidos de sonhar. Pra não dizer: recolhidos ao nosso isolacionismo compulsório.
Estamos submergidos no terror dos tremores: sempre esperando nova cepa política ou outros vírus letais. Estamos atormentados, nesse tempo cruel de psicopatias, megaABSURDOS e esquizofrenias (!!!)
Ainda nos sentimos como no primeiro travor da notícia do Pandemônio Coronavirus, aquele que nos forçou aos limites do "fique em casa" e ao começo dos dias virtuais, remotos, fatídicos!
Sentimos novos travos das mudanças deletérias, invadidas pela força da destruição, da essência humana combalida. Em troca, a fria desgraça da vida desvairada e submissa. Destroços prévios de um país entorpecido pelo fanatismo inveterado!
Esses "bons dias" que vemos na "rede" já não nos servem mais. São enlatados e ofendem aos dias que não SÃO e, quem sabe, nunca mais serão. Eles estão isentos de afagos, apertos e afetos.
Os dias não são digitados mais com a alma na ponta dos dedos! Agora tudo é fake (!!!)
Estamos todos com sede de pão & circo. Noite & lua. Chuva & sol. Molhar o seco em tudo o quanto é frio e enxugar a vida tão gotejante dos nossos olhos. Eis a falta! Eis a dor! Eis a miséria! Eis a dor!
Estamos ávidos e ansiosos, tais como passarinhos sem saber voar nem tampouco saber para onde ir.
Somos Carcereiros de nós mesmos. Continuamos presos, sob o julgo dessa sentença de "pena de vida", sem absolvição.
Só não queremos um dia, sermos forçados a comer morcegos, ratos, escorpiões, cachorros e a morrer em praça pública, tombados pela ira dos projéteis do ódio!
Porque a origem de tudo isso só nos leva, até hoje, a culpar as índoles desumanas e os espiritos friamente assassinos que habitam onde o famigerado vírus foi planejado pra viver e matar. Vírus da China também, mas, principalmente, os daqui, dali e dacolá. Virus humanos!
Todas as facções desta pátria amada, criminosas ou não, na luta ferrenha contra os horrores, não têm mais pudores. Com seus poderes em questões partidárias, lutam ardorosamente pelas suas pretensas vontades; partem para agressões indomáveis, todos em busca de ser o vencedor, quando já dizimado está, há muito tempo, o crédito das suas idoneidades, a lucidez de suas verdades.
E vem o silêncio sádico, tramado... tramando. E vêm as quadrilhas unirem-se à raiva a declararem um tipo de guerra santa, tão peçonhenta como tóxica, tão desumana, que só leva ao caminho desastroso das profundas masmorras!
O homem é a luz de tudo, mas, se parar pra pensar, acionando a sua própria consciência (!!!)