O livro é sempre tratado como a Geni da cultura, mas sempre resiste. Estava lendo texto de Machado de Assis sobre “O jornal e o livr...

A Geni da cultura

livro impresso e-book
O livro é sempre tratado como a Geni da cultura, mas sempre resiste.

Estava lendo texto de Machado de Assis sobre “O jornal e o livro”, publicado no Correio Mercantil em 1859.

Com loas ao papel do jornal, Machado sugere o aniquilamento do livro. Machado indaga: O jornal matará o livro? O livro absorverá o jornal? Vejam o que dizia nosso maior escritor:

“O jornal, literatura quotidiana, no dito de um publicista contemporâneo, é reprodução diária do espírito do povo, o espelho comum de todos os fatos e de todos os talentos, onde se reflete, não a idéia de um homem, mas a idéia popular, esta fração da idéia humana. O livro não está decerto nestas condições; — há aí alguma coisa de limitado e de estreito se o colocarmos em face do jornal. Depois, o espírito humano tem necessidade de discussão, porque a discussão é — movimento. Ora, o livro não se presta a essa necessidade, como o jornal. A discussão pela imprensa jornal anima-se e toma fogo pela presteza e reprodução diária desta locomoção intelectual. A discussão pelo livro esfria pela morosidade, e esfriando decai, porque a discussão vive pelo fogo. O panfleto não vale um artigo de fundo. Isto posto, o jornal é mais que um livro, isto é, está mais nas condições do espírito humano”.

E segue por aí o autor de “Dom Casmurro”.

Bom ver que esse aniquilamento do livro nunca existiu, mesmo com a incorporação de novas plataformas (como e-book, blogues, sites, etc) Já o jornal, bem, este, como objeto impresso, praticamente acabou. E em outras plataformas, vem perdendo a credibilidade paulatinamente.


@felipepelaquim
Pensando bem…

Alguns escritores/poetas são meio que contraditórios. Estimulam, e muito, os meios virtuais de divulgação de sua literatura (como blogues, sites e e-books), ao mesmo tempo em que lançam um livro atrás do outro e lamentam por seus livros não venderem.

Gente, livro impresso está caro!

Quem ganha salário mínimo (a maioria dos brasileiros), não tem condições de estar comprando vários livros por mês, porque há contas a pagar e despesas obrigatórias.

Então é natural que até mesmo aquele que gosta de ler livros impressos, escolha os que vai comprar, no máximo um por mês, e olhe lá!. E aí, o critério é geralmente em cima de autores que admira. Os demais, ele acompanha pelas redes sociais e outros meios virtuais.

O resto é chorar pelo leite derramado.

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