SILÊNCIO, POR FAVOR A beleza, essa panaceia para o desatino, deixa de lado os seus afazeres árduos de ser exceção den...

Rei do Futebol


SILÊNCIO, POR FAVOR
A beleza, essa panaceia para o desatino, deixa de lado os seus afazeres árduos de ser exceção dentre a vulgaridade dos dias e se curva diante do Rei do Futebol.
CASA DO MEU NOME
Era longe de um recanto a outro, (custavam anos e atropelos) construí-los, encontrá-los, destituí-los do poder sobre nossa vida A facilidade de idealizar, corromper a decência da crítica, evitar o torpor da certeza das paredes (o roído do nome vem de família) A facilidade da porta, o assertivo engodo do tapete de “boas vindas” ( o mais, dispersa a razão) O piso antecede o nosso nome, nossas imperfeições (cada ruído, destituído de certezas, é a recordação dos pais) E os dias de faxina faz a beleza das rachaduras no alicerce frágil de toda soberba.
NOSTALGIA
Me guarde em você. Quero ser seu rabo inútil ou sua sombra dispersa na metade dos dias. Não me recuso a nada, nem que me exploda em Mundo, e partido, fragmento andejo, me esparrame entre seus sonhos. Me guarde em você, assim como a surpresa ou um bocejar de tédio. Me guarde, me recrie no anonimato de sua pueril soberba. Me guarde, simples assim, como um resíduo de pele morta que se agarra à vida ou um som tardio, mínimo.
(do livro XXI Sombras, em fase de edição)
CAMINHAVA-SE,
e o não distante, retinia nos bolsos. (não se atropela com passo inútil a promessa do broto de amanhã) Retiniam nos bolsos os cristais, as balas, o despreparo de ser na miséria. Caminhava-se perdidamente, às cegas, tonto de saber-se tonto, de saber-se.
(do livro XXI Sombras, em fase de edição)
1º DE JANEIRO
Após o pão e circo, sigo em busca da ciência de desinventar. No vazio do salão amanhecido ainda ressoam os ecos dos champanhes, os alaridos esperançosos, os sussurros de cumplicidade. De sólido, ficaram os confetes e serpentinas, que nada entendem da solidão.
(do livro Rascunhos do Absurdo, 2007)

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