Menos importa se quem criou essa frase genial foi Pedro Malan, Gustavo Loyola ou a mãe de Pantanha. Nada mais verdadeiro do que as inc...

No Brasil até o passado é incerto

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Menos importa se quem criou essa frase genial foi Pedro Malan, Gustavo Loyola ou a mãe de Pantanha. Nada mais verdadeiro do que as incertezas que fizeram do Brasil um país onde até o Judiciário periodicamente revira e modifica o que ele mesmo decidiu.

Um exemplo simples vem do Supremo Tribunal Federal que avançou (?) admitindo a relativização da coisa julgada. Antigamente, quando havia o trânsito em julgado de uma decisão, a ideia era a de que aquilo se tornasse imutável para todo o sempre. Parece até que com o aumento do trânsito atropelou-se o julgado. Não creio estar errado em relembrar que o mesmo STF decidiu em um passado não muito distante que aposentados passariam a descontar de seus magros caraminguás um percentual para a previdência social.

Senado Federal
Mais “interessante” ainda é a jurisprudência gerada no Tribunal Superior Eleitoral. Com a substituição de Ministros naquela corte a cada dois anos e por consequência novos entendimentos sempre chegando ao TSE, bem assim as sucessivas legislações que são paridas a cada nova eleição (sempre ao sabor dos interesses no mínimo duvidosos dos parlamentares que estupram o que seria uma lei permanente) o que era ontem não serve para hoje e o que é hoje não servirá para amanhã.

E olha que estou tratando do Judiciário.

Na política dá-se o mesmo em dose cavalar. Nem preciso me referir ao permanente estupor ao qual são submetidos os eleitores que teimosamente ainda acreditam nesses políticos, quando os inimigos de ontem, pelos quais os bobos digladiaram-se no último pleito, juntam-se em favor “do bem maior do Brasil”, entendendo-se que esse Brasil é o apelido de suas gordas contas bancárias. O passado sempre estará à disposição dos políticos para ser modificado.

PSB
Portanto, quando vejo aproximar-se mais um ano novo, cheio de esperanças e planos, lamento não ter mais os encantos e as ilusões de outras épocas. Não posso me dar a esse luxo tendo ultrapassado muito mais da metade de meu prazo entre vocês.

Ora, se até o passado é incerto no Brasil, que tipo de esperança posso ter no ano novo a não ser a esperança de voltar a ter esperança? Só espero que isso aconteça.

Em todo caso, desejo que vocês continuem a acreditar. Que tenham uma fé cega, porém conservando a faca amolada, como ensinou Milton Nascimento.

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  1. Sheila Turczinski30/12/22 00:17

    Afora a injustiça da cassação de Dilma, que não achava justo engordar as contas de deputados já bem robustecidos e não cedeu. E tantos e tantos incontáveis favorecimentos, depois disso. Acho que talvez tenha chegado a hora de colocar tudo em claro. Não sei como, porque os poderosos de plantão, que são os mesmos de 300 anos atrás, sempre acham vias de escape. O povão, a quem seria o objeto principal da democracia, só Lula vê. Se todos vivêssemos sob a verdadeira democracia não precisaríamos trancar nossas portas e janelas. Porisso nos países que já passaram fomes e injustiças sociais históricas , hoje, vivem com a tranquilidade da justiça social. Eles não querem voltar ao passado dos grandes proprietários em detrimento dos miseráveis. Agradecemos aos céus ter tirado do Brasil o grande engodo que é aquele maléfico ser que tomou conta nos 4 últimos anos. Trazendo e levando à tona toda sorte de males e prejuízos para a república e democracia. Colocando os cidadãos uns contra os outros através da mentira e estimulando o ódio irracional, conforme o recomendado por seus parceiros nazistas e ultradireitistas de todos cantos do mundo, obecendo a cartilha de Trump e sua trupe. Para o bem de todos, são minoria, mas muito perigosos e devem ser sumariamente calados por suas próprias palavras e ações anti cristãs

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