Tenho várias lembranças de amuletos na minha infância: pé de coelho, estátua de Buda com moedas, pedras, pedaços de imã, saquinhos com sementes de romã, figas, buzios, pimentas,...fora as imagens de santos/as... uma imagem de um Preto Velho... as velas... incensos... água benta...
Cresci num ambiente onde a fé sempre esteve presente e isso, com certeza, me fez ser o que sou, mesmo que destoando da família. Cresci num ambiente predominantemente católico e tento ser espírita... e, até aí, eu fujo de padrões.
Tenho um espaço no meu apê onde várias expressões religiosas estão presentes. Meu cantinho ecumênico. Mas isso também não me basta... Acredito que fé a gente carrega no peito, do lado de dentro e, às vezes, a gente sente necessidade de carregar do lado de fora.
Esse colar eu encomendei à Raquel, da Art Urbana Macramê, para combinar com um brinco lindo também feito por ela. Quando ela me enviou as fotos das pedras disponíveis, já gostei dessa. E, quando ela me falou o significado, defini minha escolha.
Pronto. Não é só mais um colar. Virou outro amuleto: a jaspe dá proteção e aterra as energias do corpo, acalma as emoções, limpa e estabiliza a aura.
Gosto de fotografar o mar
Gosto de fotografar sombras
Gosto de fotografar meus pés
O mar me traz paz, me assusta e me seduz
As sombras me fazem ver que posso ser pequenina e gigante
Os pés me levam, me conectam e me aterram.
Gosto de misturar o mar, as sombras e os pés
Quando eu era criança tinha vontade de riscar paredes e carteiras com meu nome. Uma forma de deixar um registro e imaginar se alguém conhecido ia passar por ali e perceber o meu rastro...
Eu ficava só na vontade mesmo porque era "comportada" demais pra essas pequenas transgressões.
Será que é por isso que gosto tanto de escrever meu nome na areia? É uma forma de registro que some com o vento ou com as ondas... do tipo "passei por aqui mas nem todo mundo vai saber".
Da série: Meus Eus